Atendimento ao consumidor com deficiência
Os pequenos negócios também precisam se adequar às necessidades de clientes com deficiência para aumentarem a sua competitividade no mercado. Seja visual, física, auditiva ou intelectual, as deficiências fazem parte de uma grande parcela da sociedade e precisam ser encaradas como parte da rotina das empresas. Para se ter uma ideia do tamanho deste mercado, as pesquisas do IBGE apontam que 24% da população brasileira
tem algum tipo de deficiência. Ou seja: 50 milhões de brasileiros!
Para a analista de Sustentabilidade, Diversidade e Inclusão da unidade do Sebrae RJ, Louise Nogueira, apesar da importância das mudanças no espaço físico de um negócio, a ênfase deve ser no tratamento ao cliente.
Ela comenta que uma equipe preparada para receber o consumidor com deficiência e um site acessível devem ser os primeiros passos. “O atendente deve se dirigir de maneira direta e atenciosa à pessoa com deficiência e enxergá-la para além das suas necessidades. São detalhes que fazem a diferença para uma hospitalidade inclusiva”, orienta.
Uma das barreiras enfrentadas pelas MPEs são os custos para tornar o espaço físico acessível. Louise explica que isso não deve ser encarado como problema, pois não é necessário gastar muito para receber pessoas com deficiência.
“Pequenas atitudes, principalmente na forma de tratar o cliente, devem orientar os empresários nesse processo de acessibilidade”, afirma. Ela alerta que os empreendedores precisam estar atentos aos principais pontos do Decreto 9.405, em conformidade com o Estatuto da Pessoa com Deficiência.
“Os pequenos negócios precisam cumprir as exigências da norma, por isso, estamos trabalhando para disseminar essa informação por meio do Sebrae.”
O Decreto 9.405 determina que os pequenos negócios devem assegurar condições de acesso ao estabelecimento e às suas dependências abertas ao público. A acessibilidade deve alcançar a segurança e autonomia de espaços, mobiliários, equipamentos, edificações, transporte e tudo que é inerente ao modelo do negócio, assegurando o seu uso pela pessoa com deficiência em condições de igualdade com os demais.
Primeiros passos para tornar o seu negócio mais acessível
A acessibilidade precisa estar internalizada no seu negócio e nos seus Colaboradores, com uma política de diversidade e inclusão bem definida.
1. Invista num site acessível e no atendimento baseado na hospitalidade inclusiva dos clientes;
2. Mudanças na estrutura física da empresa podem ser iniciadas primeiro com alterações simples, para depois alcançar as que exigem mais investimentos;
3. Procure ouvir e entender o público com deficiência para saber como pode atendê-lo de maneira mais inclusiva.
Capacitação é importante e pode ser gratuita
Apesar do que muitos imaginam, garantir o básico necessário para a inclusão não é tão complicado, nem
requer muito investimento. Várias associações e entidades oferecem um trabalho gratuito de consultoria, treinamento e capacitação. Algumas, disponibilizam até visitas técnicas para garantir que o espaço físico esteja adequado. A maioria do trabalho é feito por voluntários.
Uma boa alternativa, no Rio de Janeiro, é a Diretoria da Pessoa com Deficiência da OAB RJ, que além de consultoria jurídica que ajudam os empreendedores a cumprir as exigências da Lei Brasileira de Inclusão, também conta com um time de voluntários com atividades multidisciplinares que podem ajudar o seu negócio em diversas frentes, incluindo a comunicação inclusiva e o atendimento humanizado, utilizando os conceitos corretos de inclusão.
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