Por: Mayariane Castro

Número de mortes por dengue no DF chega a 323, segundo balanço

GDF planeja ampliar a vacinação contra a Dengue | Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Segundo boletim diário de casos da dengue do Ministério da Saúde, divulgado na tarde desta terça-feira (7/5), o Distrito Federal registrou 323 mortes pela doença, apenas em 2024. O número confirmado de óbitos aumentou em 51 casos comparado com balanço divulgado na semana anterior, e ainda estão em investigação 48 mortes.

O DF registrou 241.254 casos prováveis da doença, o que torna a unidade da federação com a maior incidência de casos no país, com 8,5 mil casos de contaminação de dengue para cada 100 mil habitantes. Desde janeiro, a população enfrenta um estado de epidemia de dengue, mas que está em curva descendente, de acordo com o presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges), Juracy Cavalcante.

Como forma de intervenção, a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) ampliou a vacinação contra a dengue devido à baixa procura da população e ao risco de vencimento das doses disponibilizadas. Em entrevista, a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, informou que um novo lote com 12 mil doses que vencerão apenas em 2025 já foi recebido e vai aumentar a faixa etária disponível para vacinação.

Suporte hospitalar
Diante do crescimento do número de casos, o Iges-DF criou o Painel de Monitoramento da Dengue, que analisa e contabiliza os casos da doença em todas as unidades do Iges. A ferramenta colaborou com o controle do crescimento da doença e também com o panorama da situação nos hospitais do DF, que estavam com superlotação.

Hospitais de campanha foram necessários para conseguir atender a demanda de vítimas com dengue no Distrito Federal após iminência de colapso na rede de saúde pública. As regiões administrativas com maior número de casos foram Ceilândia, Samambaia e Santa Maria, que juntas concentraram, aproximadamente, 35% dos casos prováveis de dengue do DF.

A vice-governadora Celina Leão diz que as tendas são uma forma rápida de atendimento e tem sido estratégico no combate à dengue no Distrito Federal. “Temos uma previsão de melhora, mas isso não nos deixa confortável, pois o número de casos ainda está alto. Nós estamos fazendo de tudo. Infelizmente, é um desafio para todos os gestores e o que estamos fazendo aqui no DF é enfrentar”, relatou a política.