Por: Redação

A miopia atinge hoje 1 em cada 3 crianças no mundo e segue em evolução

Estudos relatam que a miopia atinge 1 em 3 crianças no mundo. Contudo, na população brasileira este patamar se mostra inferior. Este fato se alicerça sobre o parâmetro de comparação com a população asiática, onde a prevalência de miopia é muito maior até por características que vão além do biotipo da população, como olhos mais alongados naturalmente e fortes usuários de tecnologias digitais. No entanto, no Brasil a incidência da miopia aumenta a cada ano, especialmente em crianças e jovens que vivem nos grandes centros urbanos, pelo hábito e maior acesso a dispositivos digitais como celulares, computadores e tablets, além de incluir maior prevalência de tempo de exposição a estas telas em comparação com atividades executadas ao ar livre.

A cidade de São Paulo recebe na próxima semana, nos dias 15 e 16, no Centro de Convenções Frei Caneca, o 7º Congresso Brasileiro de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo (CBOPE) que, dentre uma grade diversa de aulas ligadas ao tema, trará como um dos assuntos em destaque a miopia infantil e o cuidado com o seu crescimento, reforçando aos pais e responsáveis a necessidade de levar seus filhos para um exame oftalmológico de rotina.

De acordo com Andrea Greco, consultora convidada da Rodenstock Brasil e médica especializada em oftalmopediatria e estrabismo, levar as crianças ao oftalmologista desde muito cedo para avaliar o correto desenvolvimento dos olhos e da visão em geral, favorece o diagnóstico do crescimento do globo ocular e, por consequência, da miopia, além de outras patologias que poderão se manifestar durante os exames realizados. Em casos bem selecionados, o médico consegue fazer o tratamento da miopia até mesmo antes dela se desenvolver, tratando os chamados “pré míopes”.

Outro ponto importante de se destacar é que segundo a especialista, esse dado de que a miopia atinge 1 em 3 crianças no mundo, pode ser relativo, por exemplo se comparadas as populações de uma cidade como São Paulo com uma tribo indígena ou com uma região praiana, provavelmente a incidência do erro refrativo será diferente em cada uma delas. Apesar disso, é prudente dizer que sim, a miopia apresenta aumento ano após ano. “Ainda não temos um grande estudo de míopes em âmbito nacional, mas no atendimento de pacientes em grandes centros urbanos se torna nítida esta evolução de casos. Hoje, principalmente em escolas, é notório que cada vez mais crianças estão usando óculos e isso é reflexo direto desse crescimento da miopia”, pontua.

É muito importante tratar a miopia na infância para não desencadear outros problemas visuais mais sérios na vida adulta. O fator genético também é um ponto relevante a se levar em consideração, pois uma criança com um pai míope aumenta a chance em três vezes de se desenvolver a miopia. Se ambos os pais forem míopes, as chances aumentam em setes vezes. “Depende também da miopia dos pais, tem pais baixos míopes ou alto míopes. É necessário avaliar cada caso, histórico familiar, estilo de vida, entre outros fatores. Quando a miopia aumenta mais do que meio grau por ano já é uma indicação de tratamento. Conforme o olho vai crescendo, a retina vai ficando mais fina levando a uma predisposição a doenças como glaucoma, catarata, descolamento de retina, entre outras. Diversos estudos destacam que conforme os países vão se desenvolvendo, a miopia vai aumentando”, explica Andrea Greco.

A miopia não tem cura, mas pode ser corrigida com o uso de lentes para óculos, inclusive, este é outro ponto de destaque do congresso que abordará como as lentes defocus podem controlar e retardar o desenvolvimento da miopia em crianças, ao estimular o olho a crescer de forma adequada, como é o caso das lentes MyCon™ e MyCon™ 2 fabricadas pela alemã Rodenstock Brasil. Em seu stand no CBOPE, a marca evidenciará o diferencial de suas lentes MyCon™, que mantêm a zona foveal (ou eixo central) “livre” e transparente, facilitando a adaptação e o uso adequado por parte das crianças. O princípio de áreas de desfocagem periférica assimétrica horizontal em que as lentes MyCon™ e MyCon™ 2 são baseadas, foi testado em um estudo clínico independente durante um período de 5 anos e mostrou efetiva redução na progressão da miopia e alongamento dos olhos em crianças europeias, com perfil de olho mais parecido ao do brasileiro e que, não apresentaram efeito rebote no “pós uso”, por isso, conferem a nós, especialistas, a segurança na eficácia de indicá-las”, explica a oftalmopediatra.

Hugo Mota, presidente da Rodenstock Brasil, complementa que com os novos parâmetros da mais recente lançada MyCon™ 2, se confere ainda mais personalização às lentes das crianças, uma vez que considera a inclusão dos quatro parâmetros individuais do rosto do usuário na produção das lentes. “Com a inclusão das quatro posições de parâmetros individuais: distância pupilar, inclinação pantoscópica, distância vértice e curvatura da armação no rosto, é possível oferecer um melhor ajuste da lente de acordo com as características do rosto da criança, o que vai de encontro uma necessidade real, uma vez que não somente os olhos das crianças crescem ao longo do tempo, mas também sua estrutura de rosto. MyCon™ 2 representam o próximo passo na nossa jornada para proteger a saúde ocular das crianças no futuro”, finaliza Hugo Mota.

Serviço
Data: 15 e 16 de novembro
Local: Centro de Convenções Frei Caneca
Endereço: R. Frei Caneca, 569 - Bela Vista, São Paulo
Mais informações: https://www.congressosbopcbe.com.br/7cbope