Vaias, ofensas e uma clara rota de colisão. A torcida do Botafogo perdeu a paciência, elegeu Bruno Lage como vilão do empate com o Goiás e ampliou as rusgas em meio aos resultados negativos.
O que era ânimo antes de a bola rolar se transformou em desconfiança.
A escalação com Tiquinho no banco e o empate com o Goiás, que iniciou a rodada na zona de rebaixamento, aumentaram as dúvidas sobre o trabalho do treinador.
Tão logo o Goiás abriu o marcador, o nome do camisa 9 ecoou pelo Nilton Santos. O artilheiro entrou no intervalo e fez o gol do empate, evitando um tropeço ainda maior do time alvinegro.
Na comemoração, "chamou" a torcida, que passou a incentivar e questionar ainda mais os motivos de o atacante não ter sido titular.
"O Lage chegou com a temporada em andamento, mas o time estava montado. Eu queria entender qual foi a estratégia de hoje. Faz sentido Tiquinho no banco?", indagou o botafoguense Carlos Figueira.
Ao deixar o gramado, Lage ouviu vaias, gritos de "burro" e até xingamentos. A resposta com aplausos em direção à arquibancada também não pegou bem. Após o duelo, explicou que as palmas foram para agradecer o apoio
"Torcida pode vaiar quem entender, estou a agradecer o fato [de terem apoiado]. Não tenho dupla cara, não sou hipócrita, foi meu agradecimento por terem apoiado. Depois, como queiram tratar, é indiferente, preferia que fosse em outra situação, mas, para isso, temos de conseguir resultados. Vida de treinador é muita essa", disse Lage.
Ao fim do jogo, o clima era de desânimo e irritação nos arredores do estádio.
Por; Alexandre Araújo/ Folhapress