Reaberto há cerca de dois meses após passar praticamente três meses interditado por uma decisão de caráter clubista e elitista do Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos, o complexo esportivo de São Januário vive uma semana digna das principais arenas do país.
Na época do fechamento, a torcida havia protestado contra os trabalhos tenebrosos do técnico Mauricio Barbieiri e do ex-CEO Luiz Melo. Diante disso, o clube sofreu uma punição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que foi prontamente cumprida. No entanto, o Juizado fechou o complexo esportivo alegando que torcedores se embriagavam nos arredores do estádio antes dos jogos e que a comunidade Barreira do Vasco, que cerca São Januário, não seria segura porque havia inúmeros tiroteios. Por conta dessa decisão absurda e preconceituosa, o complexo ficou por quase 90 dias sem receber público. A decisão foi revertida depois da diretoria Cruzmaltina fazer acordos com o órgão.
Agora, para um complexo esportivo que supostamente era incapaz de receber jogos, São Januário vive uma semana praticamente olímpica. Na segunda-feira (6), sediou o Clássico da Amizade entre Vasco x Botafogo com lotação máxima. Nesta quinta (9), o estádio será cedido ao Glorioso para o duelo contra o Grêmio, também com ingressos esgotados.
Já na sexta-feira (10), é a vez do Ginásio de São Januário ficar lotado de torcedores para o Clássico dos Milhões. O R10 Score Vasco da Gama enfrenta o FlaBasquete pelo NBB. E se estender um dia a mais na semana, no domingo (12), o Vasco volta a lotar o Caldeirão para o jogo contra o América Mineiro, pelo Campeonato Brasileiro.
Quem diria que um complexo esportivo supostamente inseguro teria uma rotina mais intensa que o Maracanã? E sem prejudicar o gramado.
Errata: anteriormente, o texto atribuía o fechamento ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Porém, o Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos responde ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
