B-Girl faz desabafo sobre acusações

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A australiana Rachael Gunn, conhecida como Raygun, não imaginava que sua participação na estreia do breaking nas Olimpíadas, nos Jogos de Paris-2024, fosse trazer tanto ódio para ela e sua família. Raygun acabou atraindo uma fama que não gostaria depois de receber uma nota zero em todas as suas disputas.

Ainda tentando lidar com a onda de comentários maldosos que tem recebido nas redes sociais, a b-girl fez um desabafo, pediu privacidade à sua família e amigos, e ressaltou que a prática do breaking não costuma ter pontuação.

"Só quero agradecer a todos os que me deram apoio. Eu realmente agradeço pela positividade e fico feliz porque pude trazer um pouco de alegria às suas vidas. Era o que eu esperava", iniciou Raygun. "Eu não sabia que isso abriria a porta para tanto ódio, o que vem sendo bem difícil, francamente. Eu fui lá e me diverti. Eu levei tudo muito a sério. Eu trabalhei muito para me preparar para as Olimpíadas e eu dei o meu melhor, de verdade", acrescentou.

A australiana é pesquisadora há anos na área de política cultural do breaking e possui um doutorado em estudos culturais. Ela também é professora na Universidade Macquarie, lecionando sobre temas como mídia, indústrias criativas, música e dança.

Apesar das piadas, Raygun foi classificada pela Associação de Breaking da Austrália como a melhor dançarina dessa modalidade em 2020 e 2021. Ela também representou a Austrália no Campeonato Mundial de Breaking durante três anos, de 2021 a 2023, e venceu o Campeonato de Breaking da Oceania no ano passado.

Nas redes sociais, surgiram alegações de que ela havia manipulado as seletivas da Austrália e por isso conseguiu a vaga. Raygun nega.

"Em relação às alegações e informações enganosas por aí, quero pedir a todos que vejam a declaração recente da AOC (Comitê Olímpico Australiano) assim como os posts da @ausbreaking [Associação de Breaking da Austrália] no Instagram", ela comentou.