Por: Thomás de Paula
Daniel Xavier Mendes, de 22 anos, é nadador de Resende e participou pela primeira vez dos Jogos Paralímpicos, conquistando uma medalha logo em sua estreia.
Daniel trouxe a medalha de bronze na prova de revezamento de 50m livres por equipes, ao lado de Lídia Cruz, Patrícia Pereira e Talisson Glock. Ele também participou de outras duas provas. Na prova de 50m livres da classe S7, ele não se classificou para a final. Já nos 100m livres da categoria S6, Daniel chegou a disputar a final, mas ficou fora do pódio na decisão.
Daniel Xavier descobriu ter paraparesia espástica, condição que limita os movimentos dos membros inferiores, aos 3 anos de idade. Ele disputa natação paralímpica desde 2019, tendo conquistado, em 2022, a medalha de ouro no revezamento 4x50m livre no Mundial da Ilha da Madeira. Ele também ganhou as medalhas de prata nos 50m livre e no revezamento 4x50m livre, e bronze nos 100m livre no Mundial de Manchester 2023.
Para o atleta, que participou dos Jogos Paralímpicos pela primeira vez, sua participação na Paralimpíada foi boa, mas vê espaço para melhorar.
"É positiva [a participação]. Eu saio com uma medalha no revezamento com um bom desempenho, porém, é longe do que eu queria no geral. Queria ter nadado um pouco melhor, mas tem dia que não acontece, o esporte é assim. Então, é seguir em frente e treinar mais para trazer mais medalhas", disse.
Daniel, que é atleta do Vasco da Gama, exaltou a importância do clube em sua carreira.
"A importância do Vasco é total. É onde você vai estar no seu dia a dia, treinando e tendo o suporte diário para estar nas competições a nível nacional, então é importantíssimo ter o apoio de um clube", afirmou.
Daniel se orgulha de representar o país em jogos paralímpicos.
"É indescritível! Ainda mais conquistando uma medalha para o país, vendo todo o carinho das pessoas e o reconhecimento. Realmente, só vivendo isso que você consegue sentir o orgulho e o prazer que é estar aqui", comentou Daniel, que logo em seguida falou sobre a sensação de representar a cidade de Resende e toda a região Sul Fluminense.
"Representar minha região foi incrível. O carinho que a galera da região teve comigo nas Paralimpíadas foi bizarro, não esperava que fosse tanta gente torcendo. Fiquei muito feliz de levar nossa 'Princesinha do Vale' para o mundo todo, e espero que seja a primeira de muitas", concluiu.
Para o nadador, seus novos objetivos são as próximas competições, e ainda mais importante, o ciclo para os próximos Jogos Paralímpicos.
"Meu futuro é seguir em todas as competições que tiver, em campeonatos mundiais, e em mais um ciclo. Estou sempre visando Los Angeles em 2028 e é isso, o trabalho não pode parar".
