Por:

Interlagos revive Ayrton Senna

Por Pedro Sobreiro

O GP de Interlagos 2024 veio marcado de homenagens a Ayrton Senna, o lendário piloto brasileiro que faleceu há 30 anos. A convite da Heineken, o Correio da Manhã foi ao autódromo de São Paulo para ver de perto Lewis Hamilton assumir o volante da icônica McLaren MP4/5B, utilizada por Senna na conquista do bicampeonato mundial, em 1990.

Quis o clima que a nostalgia fosse total, porque além do automóvel e da clássica volta balançando a bandeira brasileira, Hamilton correu sob a chuva, que sempre foi uma grande aliada de Ayrton Senna. A homenagem foi de arrepiar, emocionando fãs de todas as idades e todos os países.

Mais que isso, quando a corrida começou, os fãs presenciaram uma etapa histórica da Fórmula 1. O holandês Max Verstappen, que havia feito uma péssima classificação e fora eliminado na Q2, fez uma corrida que beirou a perfeição.

O piloto da Red Bull largou em 17º e superou até mesmo a punição sofrida para chegar ao topo do pódio com a frieza de um atleta obcecado pela vitória.

O temporal que vem castigando São Paulo desde a sexta (1º) não deu trégua e caiu durante toda a prova, marcando esse Grand Prix com nada menos que cinco acidentes, incluindo o do argentino Franco Colapinto, que contava com o apoio de centenas de compatriotas, que vieram ao Brasil para torcer por ele e implicar com os brasileiros.

Em sua corrida de recuperação, assim como Ayrton Senna, Verstappen se aproveitou dos erros dos adversários e, focado em seu traçado, aproveitou a presença dos safety cars para colar nos líderes, até ultrapassar Esteban Ocon na volta 43. Daí em diante, Max só parou quando subiu ao pódio. Com a vitória, ele chegou aos 393 pontos, podendo conquistar o campeonato na próxima etapa, em Las Vegas.

Ao fim da etapa, o GP de Interlagos em homenagem a Senna bateu um recorde. Nos três dias de evento, 291.717 fãs compareceram ao autódromo: o maior número já registrado na etapa. Histórico!