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Como vem a Alpine em 2025?

Por Julianne Cerasoli (Folhapress)

A Alpine promete render algumas manchetes nesta temporada, mas não exatamente pelo desempenho. Jack Doohan já começa sua carreira na Fórmula 1 muito pressionado, com Flavio Briatore, chamado para colocar ordem na casa na equipe, apostando forte em Franco Colapinto, um piloto rápido e muito mais vendável que o australiano. E que foi contratado como reserva da equipe francesa.

Na primeira coletiva de imprensa do ano, ele foi bombardeado por perguntas sobre Colapinto, e reagiu até de forma ríspida: "Isso é uma pergunta de verdade?", replicou quando questionado sobre a pressão de ter um jovem de 21 anos como reserva. "Eu também fui um reserva de 21 anos."

Com ou sem Doohan, cuja contratação foi mais um reflexo do trauma da Alpine ter deixado Piastri escapar ao demorar para ativar a cláusula que o tornaria titular da equipe, a Alpine vem ainda convivendo com boatos insistentes de que trata-se de uma equipe à venda. E Briatore só teria sido chamado para dar uma reformada na casa para conseguir um preço mais alto.

Por enquanto, vem funcionando. O time parecia à deriva após a saída de basicamente toda a chefia em um período de menos de 18 meses. A situação se assentou, e a decisão importante de não continuar com o próprio motor (o que vira realidade em 2026) foi tomada.

O A535 só vai para a pista em um shakedown hoje, já no palco dos testes de pré-temporada, no Bahrein. Essa tática também será usada por Aston Martin, Mercedes e Red Bull.

A Alpine passará por um ano de transição, em sua última temporada como, efetivamente, a equipe de fábrica da Renault. Então eles terão de equilibrar o quanto de seus recursos será focado em 2025 e o quanto fica para a adaptação ao motor Mercedes que eles passarão a usar ano que vem.