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Ednaldo Rodrigues reeleito

Por Luciano Trindade e Lucas Bombana (Folhapress)

Ednaldo Rodrigues, 71, foi reeleito nesta segunda (24) o presidente da CBF. Depois da fracassada tentativa do ex-jogador Ronaldo de lançar uma candidatura opositora, o atual mandatário acabou declarado vencedor por aclamação por não ter nenhum outro adversário.

Historicamente, os presidentes angariam apoio suficiente das federações estaduais nos meses que precedem a eleição, tornando o pleito uma mera formalidade - a última vez em que as eleições na CBF tiveram dois concorrentes foi em 1989.

"Ao longo dos últimos anos, enfrentamos muitos desafios. Sofremos todo tipo de preconceito e perseguições. Tentaram até um golpe. Resistimos e vencemos", declarou Ednaldo, que obteve os votos das 27 federações e dos 40 clubes das Séries A e B.

Na reta final de seu atual mandato e durante todo o ciclo do próximo, de março de 2026 a março de 2030, o dirigente terá a missão de cumprir uma importante e difícil promessa, de combater a discriminação no futebol, sobretudo o racismo.

O compromisso consta, inclusive, no lema definido pela chapa do cartola: "Por um Futebol Mais Inclusivo e Sem Discriminação de Qualquer Natureza". Apesar de ressaltar a "inclusão", não há nenhuma mulher no grupo indicado para compor os vice-presidentes. São oito homens.

É o combate ao racismo, porém, a principal bandeira de Ednaldo Rodrigues. E a razão pela qual ele entrou em rota de colisão com a Conmebol na véspera do pleito. Após a assinatura do presidente da CBF aparecer em uma carta contra o racismo feita em conjunto pela Conmebol e as outras nove federações da América do Sul, com um texto de apoio às medidas da entidade contra a discriminação, a CBF voltou atrás e disse discordar do teor da publicação e também da forma de condução dos recorrentes casos.

Ednaldo assume o segundo mandato com o compromisso assumido junto aos clubes de maior transparência e participação na gestão e de apoio à criação de uma liga do futebol brasileiro.