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Tensão entre Conmebol e CBF

Após ser criticado pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, pela falta de medidas mais duras contra o racismo no futebol, o chefe da Conmebol, Alejandro Domínguez, rebateu dizendo que o brasileiro se posicionou contra o aumento nas multas aplicadas aos clubes em casos de discriminação.

"Com relação à proposta reiterada pela CBF quanto a modificação do Estatuto e do Código Disciplinar, vale respeitosamente lembrar que foi a própria CBF quem, na ocasião, manifestou oposição ao aumento dos valores de sanções estabelecidos", diz Domínguez em ofício encaminhado à Ednaldo nesta segunda-feira (24).

O código disciplinar da entidade estabelece que o clube cujo torcedor for pego cometendo atos discriminatórios será multado em US$ 100 mil (R$ 576,8 mil). Em caso de reincidência, o valor sobe para US$ 400 mil (R$ 2,3 milhões).

Procurada, a CBF não retornou até a publicação da matéria.

Domínguez disse ainda no documento que as "sanções disciplinares impostas pela Conmebol em matéria de racismo estão alinhadas com os mais elevados padrões internacionais, aplicados nas ligas e confederações mais importantes do mundo".

Reeleito na segunda (24) para um novo mandato à frente da CBF, o cartola brasileiro tem como uma das principais bandeiras o combate à discriminação no esporte.

Ednaldo havia criticado na semana passada as punições consideradas excessivamente brandas aplicadas pela Conmebol ao Cerro Porteño, após torcedores do clube paraguaio fazerem gestos imitando macaco a jogadores do Palmeiras.