Por Lucas Bombana (Folhapress)
O ex-goleiro Haílton Corrêa de Arruda, mais conhecido como Manga, morreu na manhã da terça-feira (8), aos 87 anos. Tetracampeão carioca com o Botafogo, tricampeão gaúcho e bi brasileiro pelo Internacional, Manga estava internado no Hospital Rio Barra, no Rio de Janeiro. Ele tratava nos últimos anos um câncer de próstata.
Convocado pela Seleção Brasileira na Copa de 1966, Manga também enfileirou títulos pelo Nacional, do Uruguai, onde foi campeão uruguaio, da Libertadores e do Mundial.
Reconhecido como um dos grandes jogadores da posição na história do futebol brasileiro, sua data de aniversário -26 de abril- passou a ser considerada o "dia do goleiro".
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) determinou um minuto de silêncio nos jogos da próxima rodada das Séries A e B do Campeonato Brasileiro em homenagem a Manga.
"Ë uma tristeza a morte do Manga para todos os fãs do futebol. Ele faz parte da história do nosso futebol e merece todas as homenagens dos fãs do futebol", afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Natural de Recife, o ex-goleiro começou a carreira no Sport, alcançando o tricampeonato pernambucano (1955, 1956 e 1958), antes de migrar para o Rio, onde se tornou ídolo defendendo a camisa do Botafogo entre 1959 e 1968.
O goleiro também ficou conhecido em seu período no alvinegro por jogar sem as luvas, quebrando os dedos inúmeras vezes durante treinos e jogos oficiais. As fraturas e a volta aos treinos antes do tempo de repouso necessário o deixaram com os dedos tortos, marca que carregou por toda a vida.
Após a passagem de quase uma década pelo alvinegro, na qual ainda venceria três edições do Torneio Rio-São Paulo, Manga se transferiu para o Nacional, do Uruguai. Em 2020, quando Manga já sofria com problemas de saúde, torcedores uruguaios se mobilizaram para arcar com os gastos e até hospedá-lo durante sua estadia em Montevidéu.
Manga também teve passagens por Grêmio (campeão gaúcho em 1979), Coritiba (campeão paranaense em 1978), e Operário-MS (campeão mato-grossense em 1977). Seu último clube foi o Barcelona de Guayaquil-EQU, conquistando o campeonato equatoriano em 1981. Ele se aposentou no ano seguinte, aos 45 anos.