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Petrópolis tem 1ª faixa preta de jiu-jitsu

Cleo Tezzei se destaca na prática do esporte | Foto: Wendel Fernandes

Por Larissa Martins

Uma mulher lutadora de jiu-jítsu tem se destacado como a primeira faixa preta de Petrópolis. A atleta Cleo Tezzei cresceu no mundo do jiu-jítsu, seguindo a tradição da família, que teve início com o pai, Mestre Crézio, que originou o nome de uma das academias mais tradicionais da cidade. A faixa preta conta que quando iniciou, aos cinco anos de idade, não era normal mulheres se envolverem com esportes praticados em sua maioria por homens. "Quando a gente nasce em família de lutadores fica até difícil contar os anos que pratica. Quando a luta explodiu, na década de 80, não existia mulheres competindo e isso dificultou o aprendizado. Por isso, eu gostava, mas escondia, porque socialmente não era bem visto. Quando recebi a faixa preta, percebi que realmente queria trabalhar com isso, mas ensinando os alunos a parte de incentivo às atividades físicas", conta a atleta e professora.

O jiu-jítsu é uma arte marcial de origem japonesa que utiliza golpes de alavancas, torções e pressões para levar um oponente ao chão e tomar o controle. A luta foi criada para que os samurais em combate tivessem métodos de defesa que não utilizassem armas. Por isso, é considerado uma "arte suave".

Um dos golpes mais conhecidos é o Arm-Lock. Nele, o lutador coloca o braço entre as pernas, segurando o punho com as mãos. Com o quadril, o lutador faz uma alavanca para finalizar o adversário. Dentro da modalidade os alunos são divididos por faixas e a primeira é a branca, para iniciantes. "Como o esporte depende da habilidade de cada um, alguns alunos se desenvolvem mais rápido e são divididos entre as faixas brancas que já sabem lutar e as que ainda estão iniciando. Em seguida, passam para faixa azul, e vão se graduando até chegar na preta. Os alunos são separados em competidores, que tem uma vida normal, mas participam de competições, e atletas que vivem da luta", explica Cleo.

O esporte tem ganhado o coração das mulheres petropolitanas. Cassiane, Alicia e Gabriela têm dominado os tatames de Petrópolis.