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Campos começa o programa 'Sífilis zero'

Medicamentos disponíveis no Departamento de Farmácia | Foto: Kelly Maria/Divulgação

Já está disponível para retirada no Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) o medicamento destinado ao tratamento de pacientes com sífilis adquirida, em gestante e congênita (que passa da mãe para o feto). A partir desta segunda-feira (11), enfermeiros de cada Unidade Básica de Saúde (UBS) e Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) podem comparecer à sede da SMS e apanhar as ampolas. A ação faz parte do "Sífilis zero"

"Fizemos atendimento inicial de 20 ampolas. Caso precise de mais, os profissionais podem solicitar aqui direto no DAF", informou a responsável pelo Departamento de Assistência Farmacêutica da SMS, Cristiane Abílio Freitas.

O programa "Sífilis Zero", que tem como objetivo reduzir o número de casos, interromper a transmissão e estabelecer o fluxo de monitoramento aos pacientes em tratamento, ampliará a oferta de testes rápidos à população e garantirá mais agilidade no atendimento. O lançamento do programa municipal foi feito semana passada, pelo Secretário de Saúde, Paulo Hirano.

O programa busca também sensibilizar a população e os profissionais de saúde com foco no diagnóstico precoce e tratamento adequado da sífilis adquirida, em gestante e congênita (que passa da mãe para o feto).

De acordo com a diretora de Auditoria, Controle e Avaliação (DACA) da secretaria de Saúde, Bruna Araújo, os pacientes serão referenciados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) para a realização do teste rápido, após agendamento prévio pelo site da Prefeitura, através do Consulta Fácil, ou por demanda espontânea, essa última dependendo da unidade. No caso de gestantes, o teste é feito obrigatoriamente na primeira consulta. A medida vale também para histórico de exposição de risco/violência sexual.

Caso o resultado seja positivo (reagente), o paciente vai iniciar o tratamento imediatamente, com exames complementares (testes não treponêmicos - VDRL) solicitados no primeiro atendimento e com a prescrição do medicamento. Bruna explicou que o monitoramento e a convocação do parceiro (a) também serão realizados. "A Vigilância Epidemiológica será notificada após o início e ao final do tratamento até a cura do paciente".

Ela disse, ainda, que o tratamento será realizado na própria UBS. Segundo Bruna, esse procedimento é autorizado pelo Ministério da Saúde e está dentro da autonomia do enfermeiro. "É um grande ganho para nossa rede. O profissional de enfermagem tem um protagonismo na Atenção Primária, já que, por meio dele, podemos ampliar os serviços", enfatizou a diretora, acrescentando que, anteriormente, pacientes com sífilis eram atendidos nas Unidades Pré-Hospitalares (UPHs).

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