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Estudante de Petrópolis descobre asteroide

Professor Carlos Alexandre auxiliou Matheus Garcia no projeto da Escola José Bonifácio | Foto: Divulgação/Seeduc-RJ

De volta ao Rio, o aluno Matheus Gabriel Garcia de Jesus, 15 anos, que cursa a 1ª série do Ensino Médio do Colégio Estadual Embaixador José Bonifácio, em Petrópolis, Região Serrana do Rio, comemora a medalha que recebeu, na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília, pela descoberta de um asteroide preliminar atuando como "cientista cidadão" dentro do programa "Caça Asteroides", da NASA.

A proposta do trabalho é identificar corpos celestes que transitam no espaço, a partir de imagens geradas pelos telescópios Pan Star (I e II), da Universidade do Havai. Na escola, o projeto é coordenado pelo professor de Biologia, Carlos Alexandre Ribeiro Dorte, que acompanhou o aluno nessa viagem que contou com a parceria do Laboratório de Computação Científica (LNCC), de Petrópolis.

Matheus vê a experiência como a primeira dos vários projetos de ciência, já programados pela escola, e dos quais ele pretende participar.

- Foi tudo muito novo. A descoberta do asteroide, a minha primeira viagem de avião, a visita à Capital e, principalmente, a medalha de reconhecimento pela participação da nossa equipe e a oportunidade de conhecer os trabalhos científicos de várias faculdades. Vi que a ciência abre muitas portas para várias áreas. - explica Matheus.

Os chamados "cientistas cidadãos", como o Matheus e os outros alunos desta equipe de pesquisa - Ana Adrielle, Fábio Cardoso, João Mateus e Tiyoli Pencinato - trabalharam, na sala maker da escola, analisando os pacotes de imagens.

O professor Carlos Alexandre explica que o "Caça Asteroide" é uma ótima oportunidade de aproximar os estudantes do método científico e que, através desse projeto, o aluno tem a possibilidade de fazer ciência de verdade, em colaboração com a astronomia mundial.

Ele conta, ainda, que foram montadas equipes que participaram de duas campanhas de pesquisa ao longo desse ano

- Inicialmente, eu fiz dois momentos de capacitação com os organizadores do programa e, em seguida, treinei os alunos. Ao recebermos as imagens, pela Internet, demos início à análise e, após a descoberta, fizemos o relatório para o IASC/NASA - International Astronomical Search Collaboration, que resultou na confirmação do asteroide preliminar. Agora, é preciso aguardar nova análise dos astrônomos, o que exige muito tempo de estudos, para termos mais dados sobre a descoberta. - relata o professor.

Com a premiação do Caça Asteroides ocorrendo dentro das atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, aluno e professor puderam conhecer diversos trabalhos científicos de órgãos federais e de universidades de todo o país que estavam em exposição.

Para o próximo ano letivo, o colégio pretende criar um clube de ciências para congregar professores e alunos que tenham interesse em temas científicos para o desenvolvimento conjunto de atividades e troca de experiências.

- Todos estão muito motivados para a criação do clube. E, quanto ao Caça Asteroides, temos como meta triplicar o número de alunos deste ano - finaliza o educador.

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