Por:

Casos de sucesso na gestão da água

Painel Alto Nível do Pavilhão da Água foi realizada nesta terça-feira, em Dubai | Foto: Divulgação

OGoverno do estado do Rio exerceu a curadoria do Painel Alto Nível do Pavilhão da Água, da COP28, que teve como tema "governança multinível sobre segurança hídrica e adaptação às mudanças climáticas". O encontro foi realizado nesta terça (5) durante a conferência mundial. O painel teve ainda curadoria da ONU-Habitat e da Water Europe.

O dia da água em Dubai reuniu autoridades para os diálogos sobre temas e programas voltados para os recursos hídricos. O fim da geosmina, a atenção às bacias hidrográficas e as parcerias estabelecidas pelo Estado do Rio foram alguns casos de sucesso da política ambiental da gestão Cláudio Castro, pontuados pelo vice-governador e secretário de estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha, no encerramento do Pavilhão.

"Já estamos no terceiro verão consecutivo sem os efeitos da geosmina no nosso abastecimento hídrico. Isso é fruto da política assertiva do governo estadual, que tem firmado parcerias e destinado recursos e investido em ações que efetivamente garantam a preservação e a renovação dos recursos das cidades fluminenses", apontou o vice-governador.

Destacando que o Brasil tem relevância no cenário mundial como detentor de grandes mananciais e de 20% das águas subterrâneas do planeta em seu território, Pampolha disse que o Programa Estadual de Segurança Hídrica tem sido importante canal de diagnóstico em tudo o que se refere às águas do Rio de Janeiro - qualidade, abastecimento humano, econômico e riscos climáticos que possam afetar a água como recurso essencial

O encerramento da agenda foi moderado pelo diretor da Stockholm International Water Institute, Thomas Reberk, e, além do vice-governador do Rio de Janeiro, contou com a presença da diretora do INTPA Acordo Verde, Carla Montesi, e do subsecretário-geral e diretor executivo do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos, Maimunah Sharif.

Mercado de Carbono

A participação do Governo do Rio, na segunda (4), na COP28, foi marcada por dois debates sobre os avanços e desafios do Brasil no mercado de carbono. Nas atividades do Pavilhão Brasil, Pampolha destacou o pioneirismo fluminense no acompanhamento dos resultados de medidas de redução e remoção de gases de efeito estufa, por meio do Cadastro Estadual de Emissões.

"O Rio de Janeiro foi um dos primeiros estados a condicionar a emissão de licenças ambientais à apresentação de um inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa e do respectivo Plano de Mitigação de emissão de poluentes aos que mais produzem esse tipo de emissão. Com isso, podemos disponibilizar à sociedade, no portal de Qualidade do Ar, os resultados dos dados mensurados, registrados e verificados por instâncias certificadoras independentes", explicou.

Ele também falou sobre o Fundo da Mata Atlântica como importante aliado em levar ao Rio o maior programa de restauração florestal das paisagens no estado. A meta da restauração dessa biomassa florestal prevê a retirada de 159 milhões de toneladas de gás carbônico da atmosfera, além do grande potencial de absorção pelos solos tropicais e manutenção hídrica das regiões. Para Pampolha, o desafio do país está na consolidação e regulamentação dos dispositivos da transição do mercado de carbono, mas enxerga na sinergia entre os estados brasileiros o caminho para mitigação. "Os consórcios têm sido fundamentais no desenvolvimento conjunto de projetos na área de modo a fortalecer a governança socioambiental e climática do país, além de buscar financiamentos internacionais para projetos específicos".

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.