Macaé alerta sobre proliferação do Aedes

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Com a chegada do Verão, temperaturas mais altas e período de chuvas, a Prefeitura de Macaé, por meio da Coordenadoria Especial de Vigilância Ambiental (Cevas), da Secretaria de Saúde, alerta que os cuidados com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir a dengue, zika e chikungunya, devem ser redobrados por toda a população.

O coordenador do Cevas, Luan Campos, ressalta que o último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado este ano, apontou que a situação é de alerta.

"A dengue e as outras doenças transmitidas pelo mosquito são graves e podem levar a óbito. É uma situação que parece confortável, apesar dos últimos números, mas certamente projetamos um cenário em que devemos ter uma elevação do número de registros no verão, uma vez que as temperaturas e as chuvas estão em alta nesses meses, levando a uma curva ascendente naturalmente", pontuou.

Ele informou ainda que para o controle e redução do cenário atual, a coordenadoria trabalha em três frentes: ações de campo, que acontecem durante o ano inteiro em toda a cidade, por meio das visitas domiciliares; Cevas Itinerante; e mutirões.

"As ações educacionais nas escolas acontecerão na alta temporada em locais com grande circulação de pessoas, como praias e terminais com tendas volantes e campanhas publicitárias que estaremos dando início nas redes sociais e outros meios de comunicação do município, como por exemplo, em outdoors", acrescentou.

Luan informou ainda que 80% dos criadouros do mosquito estão nas residências, o que preocupa as equipes de combate de endemias, que encontram nesses locais depósitos de água sem tampas e o cuidado necessário, possibilitando a proliferação do mosquito.

"Em nosso município o que prevalece são os recipientes com água ao nível do solo. Esse é nosso maior problema atualmente, e que apenas com a colaboração da população conseguimos atacar. Durante a semana, se cada pessoa reservar 10 minutos do seu tempo para combate ao foco domiciliar, conseguimos reduzir o risco de uma epidemia", esclareceu.

Ele pontuou ainda que a Prefeitura, fora das residências, também faz sua parte, através de parcerias com outros órgãos, pela retirada de inservíveis por exemplo, mas ressalta que essa responsabilidade é de todos os munícipes, não apenas de um gestor ou de uma pasta, já que são muitos imóveis.

"Precisamos da colaboração da população sendo fiscalizadora, fazendo sua parte e denunciando prováveis focos de mosquito pelo Disque Dengue", salientou.

Fumacê

Luan Campos alertou ainda sobre o uso indevido do fumacê. De acordo com ele, esse recurso é a última ferramenta, de forma complementar, e só pode ser utilizada seguindo critérios do Ministério da Saúde (MS).

"As pessoas precisam entender que é muito mais fácil acabar com o mosquito ainda na fase de larva, na água parada, eliminando os criadouros. Depois de adultos é bem mais difícil, eles estão em movimento. O uso de fumacê não tem a mesma efetividade de quando eliminamos a causa diretamente, onde ficam as larvas. Tratamos o sintoma, mas não a causa. É preciso cuidar do ambiente, porque o excesso de mosquitos é o retrato de um ambiente desequilibrado. Além disso, a ocorrência de ventos e chuvas não permitem a utilização do UBV, que deve ser realizado apenas nos bairros com altos índices de infestação e em horários como 5h e 19h", conclui Luan.

Serviço

Para outras informações, reclamações ou solicitações, a população pode entrar em contato com a Cevas por meio do e-mail: cevas@macae.rj.gov.br ou pelo Disque Dengue: 0800 022 646.