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Chuva forte volta a assustar população

Castro fez o monitoramento das chuvas e ligou para prefeitos de cidades com risco alto | Foto: Ernesto Carriço/Gov RJ

Após uma semana do temporal que deixou 12 mortos no Estado do Rio, uma nova chuva forte assustou os fluminenses. Na madrugada de sábado (20) para domingo (21), a chegada de uma frente fria causou deslizamentos, quedas de árvores e alagamentos em diversos pontos e várias cidades entraram em estágio de atenção. Até o fechamento desta edição, a Defesa Civil Estadual não contabilizava mortes devido as ocorrências desta semana.

O governador Claudio Castro e as secretarias estaduais acompanharam as chuvas no Centro Integrado de Comando e Controle. Todas as equipes já tinham a determinação de ficar de prontidão para o fim de semana. Castro também ligou para prefeitos das cidades com riscos alto e muito alto.

Ao longo da madrugada, 82 sirenes foram acionadas na capital, 6 em Petrópolis, 9 em Queimados, 4 em São João de Meriti, 2 em Duque de Caxias e 1 em Magé.

A capital fluminense amanheceu o domingo em estágio 3, o terceiro nível em uma escala de cinco.

Além disso, o sistema Acari e a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu registraram paralisação ou redução da operação. Os sistemas atendem a grande parte da capital e Baixada Fluminense. Segundo a Cedae, a medida foi tomada para garantir a qualidade da água.

Petrópolis

Petrópolis está em estágio de atenção. A Secretaria de Defesa Civil do município registrou oito ocorrências. Não há registro de vítimas e nem residências atingidas. O Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ) informou que permanecia risco hidrológico e geológico alto para o município na tarde de ontem.

A chuva começou por volta de 3h, a Rua Coronel Veiga foi interditada devido ao transbordamento do Rio Quitandinha. A água subiu quase dois metros acima do nível do rio. Nas redes sociais, moradores do entorno compartilharam fotos e vídeos da inundação durante a madrugada.

A região do Independência foi onde houve o maior registro de chuva: 93,0mm na estação Independência-Taquara, e 72,8mm na estação Independência. O transporte público também foi afetado pelos deslizamentos e queda de árvores em diversas vias.

Barra Mansa

A Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC) de Barra Mansa divulgou na manhã deste domingo, dia 21, o balanço das ocorrências registradas nas últimas horas por conta do volume de chuvas no período. Durante a madrugada houve o transbordamento do Rio Barra Mansa, que atingiu a cota máxima, fazendo com que a água chegasse a ruas dos bairros Jardim Marajoara, Nova Esperança, São Luiz, Boa Sorte e Piteiras.

De acordo com o coordenador da COMPDEC, João Vitor da Silva Ramos, o ponto de apoio foi aberto à população e, apesar dos transtornos, não houve registros de desalojados ou desabrigados.

Emergência

O governador Cláudio Castro homologou, na sexta-feira (19), em edição ordinária do Diário Oficial, a situação de emergência declarada por seis cidades prejudicadas pelos temporais do final de semana passado. Os decretos emergenciais foram publicados no início desta semana pelas prefeituras de São João de Meriti, Mesquita, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Nilópolis e município do Rio.

Em todo o Estado, as chuvas das últimas semanas deixaram um saldo de 14 mil desalojados e 852 desabrigados, a maior parte na Baixada.

A medida permite a aceleração das ações estaduais de resposta ao desastre. Prevê, também, a dispensa de realização de licitação para procedimentos emergenciais. As prefeituras devem providenciar a complementação da documentação em até 15 dias.O governador também visitou na manhã de sábado (20) as obras de canalização de um trecho do Rio Roncador, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Trata-se de uma das maiores intervenções que o Governo do Estado vem fazendo, por meio do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em áreas consideradas de risco no Estado do Rio, com o objetivo de mitigar estragos provocados por recorrentes temporais. O investimento no Rio Roncador é de cerca de R$ 100 milhões.

Nos últimos três anos, também foram realizados outros projetos com foco na prevenção de catástrofes, totalizando mais de R$ 1 bilhão.

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