O Rio de Janeiro encerrou o terceiro mês do ano com saldo positivo para a segurança pública estadual. Os roubos de cargas alcançaram reduções históricas: 54% em março e 47% no trimestre, os índices mais baixos desde 1999. Os bons resultados se estendem à Letalidade Violenta, que atingiu o menor percentual de vítimas em 34 anos. O indicador, que engloba homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, roubo seguido de morte e morte por intervenção de agente do Estado, sofreu um declínio de 31% no último mês e de 25% no acumulado de março, em comparação com os mesmos períodos de 2023. Tendência também observada nos homicídios dolosos, que diminuíram 16% nos três primeiros meses de 2024, marcando o patamar mais baixo desde 1991, quando iniciou a série histórica do Instituto de Segurança Pública (ISP).
- A redução desses indicadores estratégicos é algo que precisa ser destacado e a nossa missão é continuar evoluindo. Temos um grande desafio, que é o de transformar essa queda dos números de criminalidade em sensação de segurança para quem vive e investe em no estado - ressaltou o governador Cláudio Castro.
As mortes por intervenção de agente do Estado apresentaram redução de 53% no primeiro trimestre. Foram 152 vítimas, 172 a menos do que no mesmo período do ano anterior. Na análise mensal, a queda foi ainda mais expressiva, chegando a 66%. Com este percentual, o estado fluminense consolida o menor número desse indicador, para o mês de março, dos últimos 12 anos.
A diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz, destacou a importância dos dados e do trabalho integrado das forças de segurança.
- A cultura de uso dos dados desempenha um papel fundamental no planejamento, avaliação e monitoramento de cada região do estado, e, sem dúvidas, vem contribuindo para essas reduções históricas nos roubos de cargas e na Letalidade Violenta - disse Marcela Ortiz.
Letalidade violenta: 951 mortes no primeiro trimestre, 330 em março de 2024. Na comparação com março de 2023, o indicador registrou redução de 31%. No acumulado do trimestre, a diminuição foi de 25%. Foi o menor número para o mês e o acumulado desde o início da série histórica, em 1991.
Morte por intervenção de agente do Estado: 152 mortes no primeiro trimestre e 41 em março de 2024. Na comparação com março de 2023, o indicador registrou redução de 66%. No acumulado do trimestre, a diminuição foi de 53%. Foi o menor número de mortes para o mês desde 2013 e para o acumulado desde 2014.
Homicídio doloso: 766 mortes no primeiro trimestre, 277 em março de 2024. Na comparação com março de 2023, o indicador registrou redução de 19%. No acumulado do trimestre, a diminuição foi de 16%. Este foi o menor número de mortes para o mês desde 2022 e para o acumulado desde 1991.
Roubo de carga: 587 casos no primeiro trimestre, 222 em março de 2024. Na comparação com março de 2023, o indicador registrou redução de 54%. No acumulado do trimestre, a diminuição foi de 47%. Este foi o menor número para o mês e o acumulado desd 1999.
Apreensão de drogas: 5.801 apreensões no primeiro trimestre. Na comparação com 2023, o indicador registrou aumento de 1% no mês e de 8% no acumulado.
Armas apreendidas: 1.592 apreensões no primeiro trimestre de 2024. Por dia, foram 17 armas retiradas de circulação.
Fuzis apreendidos: 190 apreensões no primeiro trimestre de 2024. Por dia, foram dois fuzis retirados de circulação.