Estado registra menor índice de letalidade violenta
Ao todo, foram 1.601 mortes registradas entre janeiro e maio deste ano, contra 2.023 ano passado
Pelo quinto mês consecutivo, o Rio apresenta reduções significativas nos indicadores estratégicos de criminalidade. A letalidade violenta, que abrange homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, morte por intervenção de agente do Estado e roubo seguido de morte (latrocínio), registrou queda de 21% nos primeiros cinco meses do ano e de 7% em maio, em comparação com 2023. Ambas as estatísticas apontam para o menor número de vítimas desde 1991, quando foi iniciada a série histórica do Instituto de Segurança Pública (ISP). Ao todo, foram 1.601 mortes registradas entre janeiro e maio, contra 2.023 no período equivalente do ano passado, totalizando menos 422 vítimas.
Essa tendência se estende aos demais crimes contra a vida. As mortes por intervenção de agente do Estado caíram 40% em 152 dias, o percentual mais baixo desde 2014. Nessa mesma linha, os homicídios dolosos apresentaram uma diminuição de 16% no acumulado de maio, sendo este o menor valor para o período em 34 anos — e de 14% no último mês.
"A vida é o bem mais precioso e esse resultado nos motiva a trabalhar cada vez mais para transformar esses números em sensação de segurança. Além do investimento de R$ 4 bilhões que já fizemos na segurança pública, precisamos destacar o trabalho integrado de nossas polícias", ressaltou o governador Cláudio Castro.
Os roubos de carga também alcançaram quedas expressivas, chegando ao menor número de casos contabilizados nos últimos 25 anos. No último mês, a redução foi de 37%, a mais baixa para o período desde 2010. Vale destacar que, de janeiro a maio, as polícias Civil e Militar realizaram 17.924 prisões e cumpriram mais de 6 mil mandados, um salto de 10% e 34%, respectivamente.
"A queda consecutiva dos crimes contra a vida mostra que nosso trabalho está apresentando resultados. A preservação da vida, que é o nosso bem maior, tem que ser privilegiada. Claro que temos muitos desafios na segurança pública, e não negligenciamos nenhum dado, mas precisamos também reconhecer os bons números", disse o secretário de Segurança Victor dos Santos.
Produtividade em alta
A produtividade policial das forças de segurança segue com saldo positivo. Entre janeiro e maio, mais de duas mil armas de fogo foram retiradas das mãos de criminosos, incluindo 307 fuzis — no total, os agentes recolheram em média 17 por dia. Na análise mensal, os fuzis retirados de circulação subiram 19% (68 em maio, contra 57 em 2023). Além disso, as Secretarias de Estado de Polícia Civil e Militar realizaram cerca de 66 apreensões de drogas a cada 24 horas, 3,5% a mais em comparação com os primeiros cinco meses do ano anterior. Houve, ainda, o aumento das recuperações de veículos pela polícia: cerca de 45 por dia.
Marcela Ortiz, diretora-presidente do ISP, destaca a importância das estratégias de policiamento pautadas por dados para reduzir os indicadores de criminalidade no estado.
"O planejamento baseado em evidências é fundamental para a segurança pública estadual. A avaliação e o monitoramento diário de cada região do estado, são, sem dúvidas, grandes aliados para essas reduções históricas na Letalidade Violenta e para o aumento da produtividade policial", explicou Marcela.