Familiares e amigos se despedem de Sérgio Cabral
Morto no último domingo (14), aos 87 anos, em decorrência de complicações de um enfisema pulmonar, após vários meses internado na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, o jornalista Sérgio Cabral Santos. Ele teve o corpo velado na sede náutica do Vasco, na Lagoa, Zona Sul do Rio, e cremado nesta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju, zona portuária da capital fluminense. Ele era pai do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Além do filho, a despedida teve a presença de diversos parentes, políticos e personalidades, entre elas, o ator Antônio Pitanga e sua companheira, a deputada Benedita da Silva (PT), o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Octávio Costa, o sambista Paulinho da Viola, a escritora e pesquisadora Raquel Valença, a historiadora Rosa Maria Araújo, que escreveu com Cabral o musical "Sassaricando, entre outros.
O corpo estava coberto pelas bandeiras do seu time de coração, além das escolas de samba Portela, Mangueira e Em Cima da Hora.
O cantor e compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz, um dos idealizadores da Feiras das Yabás, que desde 2008 é realizada nas imediações da Praça Paulo da Portela, unindo samba e gastronomia, disse que Sérgio Cabral pai foi um dos intelectuais mais importantes do país. "Ele foi o cara que fez o caminho do Túnel Rebouças [que liga a zona sul à zona norte do Rio]. Foi quem trouxe toda essa cultura de samba, de morro, de subúrbio para que as pessoas de classe média tivessem conhecimento disso. E não só isso, mas divulgou aquelas pessoas como nunca ."
Algo que emocionou Marquinhos de Oswaldo Cruz como portelense, uma das escolas de coração de Cabral, foi quando o compositor Chico Santana, morador do subúrbio carioca, morreu.