TRT manda suspender greve na Eletronuclear
A Eletronuclear informou, na sexta-feira, dia 02, que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou a imediata suspensão dos movimentos grevistas entre os empregados de Angra dos Reis, onde fica a Central Nuclear, e no Rio, na sede da empresa.
Será mantido o último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) até o dia 16 de agosto, prazo final para que haja um consenso entre a companhia e os sindicatos representantes dos empregados sobre o fechamento do próximo ACT. Caso isso não ocorra, a decisão será tomada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), segundo informou a emprea. As rodadas de negociações serão retomadas até o dia 16, data em que será feita uma nova audiência no TRT.
Em nota, empresa afirmou que reitera suas propostas e se compromete a realizar as reuniões necessárias para resolver a questão até o prazo estabelecido.
Com a falta de consenso entre os sindicatos e a empresa, foi deflagrada greve, na semana passada, por tempo indetermindo em Angra e, no Rio, o movimento comçaria nesta segunda-feira, dia 05. Com a decisão do TRT que começou a valer já na sexta-feira (02), as greves foram suspensas.
Falta de consenso
Ainda segundo nota, a Eletronuclear afirma que cumpre a legislação trabalhista e todos os acordos coletivos vigentes, fornecendo a todos os empregados, planos de saúde, odontológico; auxílio creche de mais de R$ 1.000,00 mensal; auxílio escola/educação de mais de R$700,00/mês, entre outros.
A Eletronuclear informou à imprensa que nenhum dos benefícios estava sendo revisitado ou retirado na proposta de acordo coletivo, que foi rejeitada pelos sindicatos. Já as lideranças sindicais afirmam o contrário: que a empresa quer cortar benefícios conquistados há décadas.
Segundo a estatal, a proposta de acordo coletivo deste ano previa a reposição integral da inflação nos salários pelo IPCA durante os próximos dois anos: de 2024 a 2026, mantendo-se este mesmo índice para todos os demais benefícios oferecidos aos funcionários.