O presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon, disse no último sábado (31/8), durante o Seminário Esfera Rio 2024, que o aumento dos investimentos é a principal resposta da Companhia ao desafio de produzir água suficiente para atender à população fluminense, mesmo diante do crescimento de consumo sazonal ou decorrente da expansão natural da demanda. O evento reuniu empresários, políticos e especialistas para discutir problemas, soluções e oportunidades do Estado do Rio de Janeiro.
"Todos os sistemas de produção da empresa estão sendo modernizados ou ampliados. O Guandu, principal estação de tratamento, responsável por 80% da água que a Cedae fornece para o Rio de Janeiro e Baixada Fluminense, está sendo totalmente reformado, e estamos construindo o Novo Guandu, uma nova estação de tratamento que terá capacidade de verter 12 mil litros por segundo para atender a Baixada Fluminense e a Zona Oeste do Rio", afirmou.
A Cedae vai investir mais de R$5 bilhões nos sistemas de produção até 2029, dos quais 1,9 bilhão só na construção do novo Guandu. A nova estação também será importante para ajudar a Companhia a manter o abastecimento contínuo durante o verão, quando além do aumento de consumo, o sistema é afetado por excesso de chuvas e outros eventos climáticos adversos.
De acordo com Ballon, o que levou a Cedae a conceder os serviços de distribuição de água e coleta de esgoto à iniciativa privada foi a incapacidade financeira de fazer os investimentos que eram necessários tanto nos sistemas de tratamento quanto nas redes de distribuição. Depois da concessão, a empresa pôde se estruturar, concentrar suas atividades na captação e tratamento, ao mesmo tempo em que as concessionárias privadas cuidam da distribuição e buscam cumprir as metas de universalização do acesso à água e esgoto.
A Cedae também investe na recuperação dos mananciais onde faz captação de águas, com programas de reflorestamento e outras ações de monitoramento.
