O Conexão 2030, espaço do Governo do Estado no G20 Social voltado para a agenda ambiental, vai ampliar o debate da sociedade, movimentos sociais e representantes não-governamentais para estratégias de implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. A partir desta quinta-feira (14) e durante os três dias de evento, o Armazém 1b do Boulevard Olímpico, na Zona Portuária, será palco de anúncios e debates, além de apresentações de cases de sucesso apoiados pelo Governo do Estado.
"O Conexão 2030 é uma oportunidade inédita de troca com diversos setores nacionais e internacionais. Vamos fortalecer a aliança global mostrando as iniciativas inovadoras do Rio de Janeiro e, claro, aprendendo com a experiência de inúmeros parceiros", afirmou o governador Cláudio Castro.
O Parque de Inovação Social, Tecnológica e Ambiental (Pista) é uma das iniciativas que vai marcar presença na cúpula que antecede o encontro dos líderes das maiores economias mundiais. O polo de inovação sustentável, apoiado pela Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, se baseia na ciência e tecnologia para gerar renda e empreendimentos locais em prol da melhoria da qualidade de vida dos moradores de comunidades. No primeiro dia do G20 Social, três exemplos de sucesso apoiados pelo parque vão ilustrar o impacto do apoio no desenvolvimento destas iniciativas inovadoras.
"É uma alegria ver tantos projetos de sucesso com o apoio e o estímulo do Governo do Estado. Com o biosabão, por exemplo, temos um ganho social, econômico e, principalmente, ambiental", destacou o secretário do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
Entre os principais projetos está o "Óleo no Ponto", que transforma óleo de cozinha usado em biosabão, desinfetante, detergente e lava roupas, tudo por meio de processo químico sustentável. A partir da iniciativa, mais de 20 mil litros de óleo vegetal deixaram de contaminar as águas de diversos mananciais do Rio de Janeiro e se transformaram na principal matéria-prima do Projeto Biosabão, na comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio.
Marcelo Santos, morador da comunidade e idealizador do projeto, ressalta que pelo menos 1.500 litros de óleo usados são recolhidos mensalmente na região, seja em residências, em lojas e em condomínios no entorno. O material, depois de passar por um processo de filtragem e purificação, se transforma em sabão biodegradável (em barra e em pasta), sempre obedecendo a um rigoroso processo químico sustentável. Com os resíduos, ainda são produzidos desinfetante, detergente neutro, multiuso e lava roupas.
Além de contribuir com o meio ambiente, o projeto, que está funcionando dentro do Ciep GP Ayrton Senna da Silva, incorporou, há pouco tempo, um biodigestor, alimentado pelas sobras de comida da unidade e as cascas dos alimentos do próprio colégio. Isso tem evitado o descarte irregular na comunidade, que gera o próprio gás utilizado durante o processo de fabricação dos produtos.