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Estado trabalha para minimizar impactos de incêndio em fábrica

Com a finalidade de garantir a segurança da população, equipes do governo do Estado do Rio continuaram trabalhando em virtude incêndio que atingiu, neste sábado (8), uma fábrica de óleo lubrificante na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. Após quase 18 horas ininterruptas de trabalho, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) iniciou, na manhã de domingo (9), a fase de rescaldo, processo de resfriamento para evitar reignição de novos focos de incêndios, extintos pela madrugada.

- Desde o início do incêndio, nossas equipes atuaram incansavelmente para controlar as chamas e proteger a população. Agora, seguimos trabalhando no rescaldo e no monitoramento ambiental para evitar maiores danos. Agradeço o empenho dos bombeiros, da Defesa Civil e de todos os profissionais envolvidos nessa operação - destacou o governador Cláudio Castro.

Mais de 116 bombeiros militares e agentes da Defesa Civil Estadual trabalharam no combate às chamas e no resfriamento das áreas próximas, evitando a propagação do fogo. A operação mobilizou cerca de 20 unidades operacionais e mais de 35 viaturas, incluindo escadas e plataformas mecânicas de última geração, além de drones com câmera térmica que auxiliaram no monitoramento das áreas mais quentes.

- Diversas técnicas foram utilizadas nesse combate, a primeira delas foi a espuma para líquidos inflamáveis, que acelera o processo de resfriamento, extinção química e abafamento dos produtos que estavam queimando. Além disso, atuamos também com as nossas viaturas aéreas, escadas e plataformas mecânicas que fizeram o combate do alto. Com o auxílio de drones, identificamos os 12 tanques com 30 mil litros de óleo, que eram nosso foco principal. Continuaremos nosso trabalho de rescaldo para que o incêndio não retorne em nenhum momento - ressaltou o Secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do CBMERJ, coronel Tarciso Salles.

A Defesa Civil Estadual segue coordenando a força-tarefa montada pelo Governo do Estado, acompanhando de perto os trabalhos para garantir decisões ágeis e eficazes durante toda a operação.

Já a Polícia Civil, por meio da 37ª DP (Ilha do Governador), acompanha a ocorrência. Uma perícia será realizada no local para apurar as causas do incêndio e esclarecer as circunstâncias do ocorrido.

Monitoramento ambiental

Equipes do setor de Emergências do Instituto Estadual do Ambiente realizam, neste domingo (9/02), o monitoramento do espelho d'água na área do entorno da planta da empresa, onde ocorreu o incêndio.

Foram identificados resíduos oleosos provenientes da planta, em decorrência do carregamento do material atingido para a água. Os técnicos estão atuando na contenção e recolhimento deste resíduo, mantendo o cerco instalado, para que não haja a dispersão para outras áreas.

Desde o início da operação, o Inea adotou medidas preventivas, acionando, junto à Capitania dos Portos, o Plano de Área da Baía de Guanabara. Para os trabalhos, foram mobilizadas quatro embarcações de resposta, uma de supervisão e monitoramento, 2 mil litros de LGE (líquido gerador de espuma), além de 350 unidades de mantas absorventes, barreiras de contenção e absorventes.

- Nosso setor de emergências ambientais está focado na extinção dos resíduos oleosos e minimização de quaisquer impactos ambientais na área. As respostas rápidas que demos, assim que fomos acionados, foram essenciais para que essas manchas não atingissem uma área grande da Baía. Toda a mobilização acontece em parceria com diversos órgãos e empresas envolvidos no Plano de Área da Baía de Guanabara — explica o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.

Quanto aos efeitos na atmosfera, o Inea possui uma estação automática de qualidade do ar na Ilha do Governador e continuará monitorando a situação no local. De acordo com os resultados apurados, aplicará as sanções cabíveis.