A Páscoa no Rio de Janeiro deve movimentar R$ 237,5 milhões em 2025. A projeção é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A cesta de bens e serviços relacionada à Páscoa inclui chocolates, pescados diversos, bolo, azeite de oliva, refrigerantes, vinhos e alimentação fora de casa.
"A projeção da CNC para a Páscoa no Rio de Janeiro ressalta a relevância da data nos aspectos religioso, cultural e é importante motor econômico. Representa uma oportunidade de fortalecimento dos negócios locais, do pequeno empreendedor ao grande varejista, e estimula a geração de empregos e uma maior circulação de renda, impulsionando o desenvolvimento econômico do nosso estado", comenta o governador Cláudio Castro.
O Rio de Janeiro está entre os três estados que lideram o maior volume de vendas, ao lado de São Paulo e Minas Gerais, de acordo com a CNC. Levantamento da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) mostra que 55,9% dos moradores da capital fluminense devem gastar até R$ 100 com chocolates neste período, e mais da metade dos cariocas e fluminenses deve comprar algum tipo de pescado para a Semana Santa.
"As vendas deste período refletem não apenas o fortalecimento do consumo interno, mas também a confiança do cidadão na economia do estado. E um dos efeitos mais positivos é a geração de empregos temporários, que contribui diretamente para o aumento da renda das famílias e oferece oportunidades para quem busca inserção no mercado de trabalho", diz a secretária interina de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, Fernanda Curdi.
Fiscalização
A Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (SEDCON) e do PROCON-RJ, realizaram uma força-tarefa, esta semana, entre a segunda-feira (14) e quarta-feira (16), para fiscalizar o comércio em um dos períodos de maior consumo do ano: a Páscoa. A operação teve como foco principal a venda de chocolates e pescados, produtos que tradicionalmente registram aumento de demanda nessa época. Ao todo, 40 estabelecimentos foram autuados por descumprimento do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e terão até 15 dias para apresentar resposta às irregularidades.
Durante a ação, realizada em bairros das zonas Oeste e Norte do Rio, além dos municípios de Niterói, Região Metropolitana, e São João de Meriti, na Baixada Fluminense, os fiscais apreenderam 31 kg de alimentos impróprios para o consumo. Entre os itens descartados estavam frutos do mar, arroz, batatas e molhos que apresentavam prazos de validade vencidos e ausência de informações obrigatórias, como data de manipulação e validade.
Foram constatadas ainda falhas estruturais graves, como pisos quebrados, ralos mal instalados, paredes com bolor, além de prateleiras danificadas e sem condições de uso. Alguns estabelecimentos não possuíam alvará de funcionamento nem o livro de reclamações, além de apresentarem produtos à venda sem a devida precificação - prática proibida pelo CDC.
Nos mercados da Barra da Tijuca, no centro de Niterói e em São João de Meriti, os fiscais também identificaram pescados dispostos de forma que permitia o contato direto dos consumidores, o que configura risco à saúde pública.
"Quando o pescado é deixado ao alcance direto dos clientes, ele se torna vulnerável à contaminação por contato físico, o que representa uma ameaça à saúde e, em casos mais graves, à vida do consumidor. Por isso, orientamos os comerciantes a manter os produtos em áreas protegidas, fora do alcance das mãos, e a instalar sinalizações claras informando que é proibido tocar nos alimentos", destacou o secretário de Estado de Defesa do Consumidor, Gutemberg Fonseca.
Durante a fiscalização, também foram verificadas lojas em shoppings da Barra da Tijuca, Cachambi e Niterói, onde diversas unidades não exibiam o valor dos chocolates à venda — o que também infringe o CDC, que exige que os preços estejam visíveis de forma clara ao consumidor.