Imagens para curar a intolerância

Mostra fotográfica reúne registros da arte de terreiro no único Museu Afro do Rio de Janeiro, o MUHCAB

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Imagens do espetáculo OCEE - Orixá, Cultura, Evolução e Essência

Inspirado na terceira edição do espetáculo "OCEE - Orixá, Cultura, Evolução e Essência", a exposição OCEE - Omolu | A Cura reúne no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB), 15 fotografias de Bendito Benedito, que registram a arte de terreiro de uma iniciação para o santo Omolu dentro do Candomblé (Nação Angola). É o sagrado sob as lentes da produção cultural de forma respeitosa em prol ao combate à intolerância religiosa.

A exposição também conta com uma produção de cenografia com elementos de artes visuais que remetem à divindade Omolu e as características do seu culto e uma produção audiovisual em formato de mini documentário com a equipe envolvida no projeto: a Tatiana Sillva, produção de cenografia, Mameto Verônica Ria Ndandalunda, o Diretor de Teatro Hudson Batista, o cinegrafista Reinaldo Santana, e Bendito Benedito, autor das imagens produzidas para exposição.

A curadoria é de Robson de Paula, mais conhecido como Tata Agionà Ria Nkasuté, que também é pesquisador e ogã dentro das religiões de matrizes africanas, atuando como curador também nas edições anteriores do projeto OCEE e com importante contribuição para a cultura afro com seu conhecimento há mais de três décadas.

Para a produtora Emanuele Sanuto, a obra de Bendito Benedito conta a arte de terreiro de uma forma especial. "As imagens conseguem demonstrar a energia de um momento importante para os adeptos da religião de matriz africana e para os não adeptos. Provam que a religião não age como os preconceituosos pregam. Com isso, geramos a curiosidade para que o público queira saber mais sobre a cultura afro religiosa", enfatiza.

SERVIÇO

OCEE - OMOLU - A CURA

Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira - MUHCAB

(Rua Pedro Ernesto, 80 - Gamboa)

Até 11/2, de quarta a sábado (10h às 17h), com visita guiada aos sábados. A entrada é gratuita, pede-se apenas 1 quilo de alimento não perecível, se possível, para as ações sociais do projeto.