Por: Rodrigo Fonseca | Especial para o Correio da Manhã

Mônica & turma no plim-plim

Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão em 'Lições' | Foto: Divulgação

Enquanto "Turma da Mônica Jovem - Reflexos do Medo" busca seu lugar em circuito, a "Sessão da Tarde" da Globo revisita as aventuras mirins dos personagens de Maurício de Sousa. Às 15h25 desta terça-feira, o Plim-Plim exibe o sucesso de bilheteria "Lições", de 2021. É uma certeza de Ibope alto.

Pontuado por bom humor, "Turma da Mônica: Lições" avança algumas casas no tabuleiro que vai da infância à "aborrescência", jogando os dados do existencialismo para desenhar sua progressão aritmética na vida de seus protagonistas. É um fundo que verticaliza mais questões afetivas como solidão, inadequação e sociabilidade em relação ao primeiro e belíssimo filme da franquia pilotada pelo cineasta e montador Daniel Rezende sem jamais perder o horizonte de lirismo do universo de HQs ao qual se reporta. Preserva-se o timbre de peripécias em série do longa-metragem anterior, "Laços", visto por cerca de 2 milhões de pagantes em 2019, mas há uma condução mais interessada nas emoções dos protagonistas do que na execução de uma jornada clássica.

É, portanto, um filme mais maduro na essência, amplificado pela presença luminosa de Malu Mader como uma educadora pautada pela inclusão e por um desempenho arrebatador de Isabelle Drummond no papel Tina. Se no "Turma 1", Rodrigo Santoro roubava o filme pra si ao aparecer como o Louco, aqui Isabelle consegue, com sensibilidade, escavar uma planície de arrebatamento.

Nessa segunda incursão cinematográfica com atores de carne e osso, a Turma reafirma todos os arquétipos de seus personagens: Mônica (Giulia Benite) continua arredia e impaciente; Cebolinha (Kevin Vechiatto) segue ambicioso, com mania de "glandeza"; Magali (Laura Rauseo) continua com apetite voraz; e Cascão (Gabriel Moreira) permanece incomodado com o efeito da água em seu corpo.

 

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