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Exposição "Quantum" questiona limites da linguagem através da arte

A mostra "Quantum", do artista visual paulistano Alexandre Vianna, apresenta um caráter multidisciplinar que envolve diversas técnicas e linguagens por meio da expressão artística. A exposição é composta por obras que misturam fotografia, pintura, instalações e um mini-doc audiovisual.

As obras resultam da pesquisa do artista e fotógrafo que retrata corpos humanos, evidenciando uma força invisível que envolve o indivíduo ao expressar sentimentos mais profundos. São imagens que se contrapõe aos padrões midiáticos contemporâneos de estética, beleza, buscando capturar a essência da força humana.

O processo de produção da obra foi tão relevante quanto o resultado. O artista convidou diversas pessoas para um ensaio em um estúdio de fotografia. Cada convidado permaneceu sozinho, atrás de um tecido translúcido esticado. Com os olhos fechados, concentravam-se na música ambiente - um som de meditação e cura de 528 Hz 174 Hz. À medida que os retratados entravam em um estado mais meditativo, o artista sugeria que tocassem o tecido lentamente, imaginando, refletindo e incorporando a ideia de que o tecido fazia parte de seus próprios corpos. O objetivo era que imaginassem que o tecido representava sua própria energia corporal.

Alinhado ao conceito de fotografia expandida, o artista pintou várias telas utilizando tintas acrílicas e folhas de ouro ou prata, sobre as quais imprimiu as fotos. Em seguida, realizou mais intervenções artísticas. Esse trabalho híbrido que entrelaça fotografia e pintura questiona os limites entre as linguagens, resignificando a arte fotográfica e figurativa por meio de múltiplas camadas, físicas e simbólicas.

Alexandre Vianna é um artista contemporâneo brasileiro que se dedica à fotografia expandida e ao vídeo. Seu trabalho utiliza camadas (tintas, tecidos, colagens, projeções e instalações) para retratar a força da essência humana. A opacidade das figuras em suas obras torna-se uma ferramenta essencial de reflexão, criando um distanciamento da identidade e uma fuga dos sentidos. Sua obra, que mescla fotografia, pintura e vídeo, desafia os limites entre os meios, redefinindo a arte fotográfica e figurativa por meio de múltiplas camadas físicas e simbólicas.

Serviço

Data: 5 a 23 de dezembro (quinta a domingo, 14h às 20h)

Entrada gratuita

Classificação Livre

Local: Galeria A, Cidade das Artes - Av. das Américas, 5300 - Barra da Tijuca