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A fuga dos parlamentares

Sirenes alertaram para possível ataque em Israel | Foto: Reprodução

Vestindo camisa e paletó pretos, em alusão ao luto de seu país, o premiê Binyamin Netanyahu afirmou em discurso no Parlamento de Israel, o Knesset, que as razões que permitiram a infiltração do Hamas no país —o "desastre", em suas palavras— serão investigadas.

"E já começamos a tirar algumas conclusões", disse Bibi, como é conhecido, diante dos parlamentares. O primeiro-ministro direcionou sua mensagem ao Irã e ao grupo extremista libanês Hizbullah: "Não nos testem", disse ele.

"Não cometam os mesmos erros [que o Hamas], porque o preço que pagarão desta vez será muito mais alto", completou com o tom de ameaça.

Pouco após a fala de Bibi, a sessão teve de ser interrompida por cerca de 40 minutos, segundo relatos de jornais locais, para que parlamentares fossem transferidos para um bunker. Sirenes de ataque aéreo soaram em Jerusalém, onde está o Knesset, e também na capital Tel Aviv devido ao lançamento de foguetes nessas direções.

Espera-se que a sessão desta segunda (16) decida sobre dois assuntos principais: a suspensão de eleições municipais que estavam marcadas para o final deste mês, e agora foram afetadas pelo contexto da guerra, e as condições de lotação das celas que reúnem presos palestinos.

Mas, de forma inevitável, os olhos estavam voltados para o que as principais autoridades diriam sobre os primeiros dez dias da guerra declarada após o grupo terrorista Hamas invadir Israel e cometer assassinatos em massa de civis na região perto da fronteira com Gaza.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, que também discursou, disse que a população passa por uma "crise de confiança". "O Estado e as suas instituições devem alinhar-se com os padrões estabelecidos pelo povo."

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