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Ataque mata 500 em Gaza

O episódio se desenha como o mais mortal na região desde o início da atual guerra | Foto: Reprodução

O ataque a um hospital na Cidade de Gaza, a mais populosa da faixa homônima, deixou ao menos 500 pessoas mortas nesta terça (17), segundo o Ministério da Saúde local. O episódio se desenha como o mais mortal na região desde o início da atual guerra no Oriente Médio.

Membros da pasta acusam Israel de direcionar o ataque aéreo ao hospital al-Ahli Arab, conhecido como Al-Ma'amadani. "O hospital abrigava centenas de doentes e feridos, além de pessoas forçadas a deixar suas casas devido a ataques israelenses", disse o ministério.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), por sua vez, atribuíram o ataque à facção Jihad Islâmico e dizem que hospitais não são seus alvos.

"De acordo com informações de inteligência, o Jihad Islâmico é responsável pelo disparo fracassado do foguete que atingiu o hospital", diz uma nota. No X, ex-Twitter, a Defesa afirmou que "uma barragem de foguetes inimigos" estava em direção a Israel e passou pelas proximidades do hospital.

O premiê Binyamin Netanyau, na mesma linha, afirmou que "terroristas bárbaros" foram os responsáveis pelo ataque. Já o Jihad negou ser responsável, segundo informou a agência Reuters.

Se confirmados os números de vítimas e a origem do ataque, este seria o ataque aéreo de Israel mais mortal na região desde ao menos 2008. Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, que governa a Cisjordânia, declarou três dias de luto oficial pelas vítimas.

A ministra da Saúde de Gaza, Mai Al-Kaila, chamou o ataque de "a mais terrível matança contra o povo palestino" cometido pela "ocupação" -referindo-se à ocupação israelense dos territórios palestinos.

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