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Egito fecha saída de Gaza

País também suspendeu autorizações para retiradas | Foto: Reprodução

O governo do Egito suspendeu novas autorizações para que estrangeiros e pessoas com dupla nacionalidade saiam da Faixa de Gaza, e fechou no último domingo (5) o posto de fronteira de Rafah, que liga o sul do território palestino ao seu.

O motivo, segundo a reportagem ouviu de pessoas que acompanham a situação no Cairo e em Tel Aviv, foi o ataque da última sexta-feira (3) feito por Israel contra uma ambulância na capital homônima da faixa. As autoridades egípcias condicionaram a saída de estrangeiros à passagem segura dos feridos mais graves que estão sendo levados para hospitais no país.

Até o sábado, cerca de 2.700 das talvez 7.500 pessoas elegíveis a deixar Gaza haviam chegado ao Egito, além de cerca de mais de 100 feridos. Com a suspensão, segue frustrado o esforço da diplomacia brasileira de tentar tirar o grupo de 34 pessoas sob sua responsabilidade, que está dividido entre Rafah e Khan Yunis, cidade a 10 km da fronteira.

"Nenhuma lista hoje", lamentou no início da manhã (madrugada no Brasil) Alessandro Candeas, embaixador junto à Autoridade Nacional Palestina, na Cisjordânia, sobre a divulgação diária feita pelos egípcios.

Na véspera, ele já havia dito que o ritmo de saída no posto de fronteira de Rafah era lento, e que poucos dos nomes autorizados de fato conseguiam sair. Não havia, contudo, informação sobre o fechamento dos portões. A situação, de todo modo, é bastante fluida e não se sabe se eles serão abertos em algum momento.

O acordo de saída começou na quarta (1º). O Brasil tem 34 pessoas inscritas na lista para repatriação em Gaza, 24 delas brasileiras, 7 palestinas em processo de imigração e 3, parentes próximos desses árabes.

Para a pessoa deixar Gaza, segundo o acordo vigente, seu nome precisa ser autorizado pelo Egito, que é quem receberá o refugiado, por Israel, que não quer a saída de terroristas infiltrados, e pelos mediadores Estados Unidos e Qatar —esta uma monarquia do golfo Pérsico com interlocução com o Hamas.

O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, já falou com todos os envolvidos em algum ponto da crise.

Por: Igor Gielow (Folhapress)

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