Por:

Brasileiros fora da lista

Ausência frustra previsão inicial da retirada da zona sob ataque | Foto: Reprodução

As 34 pessoas sob proteção do Itamaraty buscando fugir da Faixa de Gaza foram frustradas novamente ontem, quando o Egito divulgou a nova lista de pessoas autorizadas a deixar o território sob ataque de Israel.

Na sexta leva de permissões, segundo o embaixador brasileiro na Cisjordânia, Alessandro Candeas, foram favorecidos Ucrânia (228 pessoas), Filipinas (107), Estados Unidos (100), Alemanha (75), Romênia (51) e Canadá (40).

O novo anúncio foi particularmente dolorido para o grupo, como o comerciante de São Paulo Hasan Rabee, 30, que na véspera havia postado no Instagram uma mensagem otimista, prevendo sua saída na quarta.

Ele se baseava na promessa feita pelo chanceler israelense, Eli Cohen, a seu colega brasileiro, Mauro Vieira, na sexta. O problema, contudo, foi o fechamento da fronteira no posto de Rafah, que liga Gaza ao Egito, no sábado.

Ele se deu pelo ataque israelense a ambulâncias que levariam feridos graves ao Egito, segundo o Hamas, grupo que governa Gaza e cujo mega-ataque terrorista de 7 de outubro disparou a guerra por parte de Tel Aviv. Os militares do Estado judeu confirmaram o ataque, mas disseram ter mirado elementos do grupo terrorista escondidos no comboio.

Seja como for, um novo acerto de saída foi feito, revisando os termos do acordo da quarta passada (1º), mediado por EUA, Qatar, Israel e Egito. A partir da segunda (6), quando a fronteira foi reaberta, apenas comboios organizados pelo Crescente Vermelho/Cruz Vermelha e pela ONU podiam levar feridos a Rafah.

Já na terça, uma quinta lista de autorizações para estrangeiros e pessoas com dupla nacionalidade, além de egípcios, foi divulgada. Ao todo, contando o anúncio de quarta, cerca de 4.100 pessoas receberam esses passes, mas não os brasileiros.

Por: Igor Gielow (Folhapress)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.