Efeito Milei assusta empresas públicas

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"Ele não nos deu um dia de descanso", diz o fotógrafo Santiago, 37, suspirando do outro lado do telefone. O argentino já estava apreensivo quanto ao futuro do seu emprego na agência pública de notícias Télam caso Javier Milei ganhasse as eleições, mas não imaginava que a ameaça viria tão rápido.

"Tudo o que puder estar nas mãos do setor privado, estará nas mãos do setor privado", confirmou o ultraliberal na segunda (20), apenas horas depois de ser escolhido como novo presidente do país, referindo-se à Télam, à Rádio Nacional e à TV Pública como "ministério da propaganda encoberto".

A primeira semana após sua vitória nas urnas foi marcada por um clima de apreensão entre os funcionários de empresas estatais e ministérios (que ele pretende cortar de 18 para 10), assim como um alerta nos sindicatos.

Por: Júlia Barbon (Folhapress)