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Pior ataque aéreo em Gaza

Israel afirmou ter realizado 200 ataques aéreos dentro da Faixa de Gaza | Foto: Reprodução

A violência na guerra de Israel contra o Hamas recrudesceu nesta segunda-feira (4), três dias após o fim da trégua nos combates iniciados após o mega-ataque do grupo terrorista palestino, em 7 de outubro.

O foco, como estava anunciado, foi o sul da Faixa da Gaza, região que foi relativamente poupada durante a primeira fase da guerra, concentrada no setor que engloba a capital homônima e o norte do território governado pelo Hamas desde 2007.

Segundo diversas testemunhas relataram a agências de notícias, dezenas de tanques israelenses Merkava invadiram a região fronteiriça perto de Khan Yunis, cidade que na véspera havia recebido uma ordem de evacuação por parte de Tel Aviv.

Ela, que abrigava parte do grupo de brasileiros que conseguiu sair e ser repatriado no mês passado, foi objeto daquilo que a Unicef chamou de "maior bombardeio na região na guerra", nas palavras do porta-voz do fundo para a infância da ONU James Elder.

Uma grande cratera deu lugar a um edifício na cidade. Israel afirmou ter feito 200 ataques aéreos lá e em Deir al-Balah, cidade no centro de Gaza que também estava fora da zona inicial de operações terrestres. Houve bombardeios também na capital e em Jabalia, maior campo de refugiados da região, ao norte, e o corte nas comunicações naquelas regiões.

Com o ataque por terra, Israel fecha o cerco usando blindados contra as posições do Hamas no sul, para onde diversas de suas lideranças podem ter fugido enquanto o norte era virtualmente obliterado. Segundo estudo da Universidade Estadual de Oregon (EUA), até 65% do norte da Faixa de Gaza pode ter tido prédios destruídos até o fim da trégua, enquanto no sul isso varia de 12% a 19%.

Por: Igor Gielow (Folhapress)

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