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Sem exclusão do Hamas

A guerra, iniciada em outubro, tem como principal objetivo a aniquilação do Hamas | Foto: Reprodução

Propostas que excluam o Hamas e o Jihad Islâmico da Faixa de Gaza não são realistas, e esses grupos deveriam ser incluídos no cenário político ao fim da guerra, teria afirmado ao jornal do Qatar The New Arab um funcionário do Egito com conhecimento das negociações sobre o conflito.

A guerra, iniciada no dia 7 de outubro após um ataque do Hamas deixar 1.200 mortos no sul de Israel, tem como principal objetivo a aniquilação do grupo terrorista, conforme autoridades israelenses têm repetido à exaustão para justificar o enorme custo humanitário dos combates à população civil de Gaza, sob domínio da facção.

Segundo o site, esse funcionário afirma que, enquanto os EUA pressionam as partes a garantir um cenário em que o Hamas seja expulso do território palestino após a guerra, o Egito tenta emplacar uma proposta que não exclua o grupo terrorista, mas tampouco o mantenha como a força política dominante, como ocorre atualmente.

A suposta afirmação acontece após uma proposta do Cairo ser rejeitada pelos dois grupos islâmicos nesta semana, segundo afirmaram dois funcionários da segurança do país à agência de notícias Reuters. Nela, os egípcios teriam apresentado a possibilidade de o Hamas e o Jihad Islâmico abandonarem o poder em Gaza em troca de um cessar-fogo permanente.

De acordo com essas pessoas, porém, membros do grupos teriam rejeitado a ideia, o que eles negam. Os líderes dos Hamas e do Jihad Islâmico têm insistido repetidamente que o futuro pós-guerra deve ser decidido pelos próprios palestinos, não de acordo com regras estrangeiras.

A trégua proposta pelo Cairo aconteceria em várias etapas, segundo os funcionários egípcios. Primeiro, haveria um cessar-fogo temporário de 10 dias em que o Hamas libertaria todas as mulheres, crianças e idosos mantidos como reféns.

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