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Tensão, atraso e posse

Bernardo Arévalo, 65, de centro-esquerda, tomou posse como presidente da Guatemala | Foto: Reprodução

O sociólogo e ex-diplomata Bernardo Arévalo, 65, de centro-esquerda, enfim tomou posse como presidente da Guatemala, na segunda, após várias horas de tensão e temores de ruptura democrática. Ele deu início ao mandato cinco meses depois de eleito.

Arévalo e sua vice derrotaram, em agosto, a ex-primeira-dama Sandra Torres, que era considerada favorita. Desde então, o país na América Central viveu submerso em incertezas políticas que colocaram a cerimônia de posse marcada para domingo em xeque.

O agora presidente foi empossado somente durante a madrugada, cerca de nove horas além do horário previsto a cerimônia devia começar às 16h (horário local). O atraso se deu em razão de disputas políticas no Congresso guatemalteco e gerou tensão envolvendo participantes e convidados, entre os quais os presidentes Gabriel Boric (Chile) e Gustavo Petro (Colômbia), além do rei da Espanha, Felipe 6º, e do chefe da diplomacia da União Europeia, o espanhol Josep Borrell.

O Brasil foi representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo diplomata Benoni Belli, escolhido pelo governo Lula (PT) para representar o país na OEA (Organização dos Estados Americanos), que enviou uma pequena delegação à posse também em mensagem de apoio ao rito democrático.

O impasse se deu em decorrência de uma decisão judicial que determinou que os legisladores do Semilla, o partido de Arévalo, assumissem seus cargos como independentes, não sob o signo da legenda, suspensa pela Justiça em agosto do ano passado.

Apesar de serem minoria parlamentar, os deputados do Semilla conseguiram angariar o apoio de outras legendas para reverter a decisão contra eles.

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