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Otan inicia exercício militar

Otan da início a maior exercício militar desde a Guerra Fria | Foto: Divulgação

Por Guilherme Cosenza

Zarpou na última quarta-feira (24) o Gunston Hall, navio de desembarque da Marinha dos Estados Unidos. Sua saída da costa americana marca o primeiro movimento do maior exercício de guerra da Otan desde a Guerra Fria, segundo pontuaram especialistas. O exercício chamado de "Steadfast Defender 2024" acontecerão até maio desse ano e unirá cerca de 90.00 soldados americanos e de outras nações para o treinamento.

Segundo a Otan, mais de 50 navios, divididos entre porta-aviões a destróieres, participarão do exercício, assim como mais de 80 caças, helicópteros e drones, além de pelo menos 1.100 veículos de combate, incluindo 133 tanques e 533 veículos de combate de infantaria. Embora não tenha de fato anunciado a Rússia, mas ao que tudo apontam que os primeiros ensaios para execução de um plano regional da Otan, teria como foco uma resposta a possíveis ataques russos. O exercício é realizado em um momento-chave, após a invasão da Rússia à Ucrânia dar início à guerra mais letal em solo europeu em mais de 70 anos.

Porém, se para muitos não ficou uma conexão direta de um possível embate da Rússia, a mesma impressão não aconteceu do outro lado. Para o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, a escala do exercício Steadfast Defender 2024 da Otan marca um "retorno irrevogável" da aliança aos esquemas da Guerra Fria. O clima entre os países ficou ainda mais tenso após o governo russo acusar a Ucrânia de derrubar um avião de transporte militar na última quarta-feira (24). O avião transportava 65 soldados ucranianos que haviam sido capturados, autoridades locais afirmam que todas as 74 pessoas abordo não sobreviveram ao ataque.

"Foi absolutamente deliberado. Eles sabiam muito bem que o avião estava a caminho, para onde estava indo, e os operadores dos sistemas de mísseis terra-ar (ucranianos) não podem confundir aviões de transporte com aviões militares ou helicópteros como alvos", disse Andrei Kartapolov, parlamentar russo e general reformado, em uma entrevista de TV à agência SHOT. O governo ucraniano até o momento não deu seu parecer sobre o caso.

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