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Enchentes no Afeganistão

O Talibã disse ter enviado ajuda para a população | Foto: Reprodução

Ao menos 300 pessoas morreram em decorrência de inundações no nordeste do Afeganistão causadas por fortes chuvas na sexta (10), afirmou o Programa Mundial de Alimentos da ONU no sábado (11).

Na mesma data, o ministério do Interior do Talibã grupo fundamentalista islâmico que em 2021 retomou o controle do país confirmou um número menor de óbitos, de 153. Além disso, pelo menos 138 pessoas também ficaram feridas nas enchentes, que atingiram as províncias Baghlan, Takhar e Badakhshan, segundo o porta-voz da pasta, Abdul Mateen Qaniee.

As autoridades do Talibã disseram ter enviado helicópteros para tentar ajudar civis durante a noite após receberem relatos de que mais de cem pessoas estavam presas.

Na aldeia de Karkar, na província de Baghlan, os moradores realizaram funerais para os mortos em decorrência das inundações. "Perdi cinco membros da minha família dois filhos, duas filhas e a mãe deles", disse Gulbudeen, que revelou apenas o primeiro nome, à agência de notícias Reuters.

"Estávamos do outro lado da inundação, mas não pudemos ajudá-los, e a certa altura a inundação tirou a vida dos nossos entes queridos."

Imagens publicadas nas redes sociais mostraram torrentes de água varrendo casas em várias aldeias e deixando um rastro de destruição.

O Afeganistão tem sido atingido por chuvas fortes nas últimas semanas, e enchentes vêm tirando a vida de dezenas de pessoas desde meados de abril.

As inundações súbitas acontecem quando a chuva é tão forte que a velocidade de drenagem normal do solo não consegue absorver a água. À rede britânica BBC, especialistas explicaram que inverno relativamente seco contribui para diminuir essa capacidade de absorção. Vastas áreas de terras agrícolas também foram submersas.