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Violência marca as eleições

A Cidade do México é quase um oásis nas eleições deste domingo (2), quando mais de 20,7 mil cargos estão em jogo no México. A capital registra focos de violência, mas em grau não comparável com o de estados como o de Chiapas (sul) ou Michoacán (centro).

As urnas abriram às 11h de Brasília (8h locais), e eleitores compareciam com relativa tranquilidade às chamadas "casillas", as mesas de votação organizadas em espaços públicos e privados, para registrar seus votos em cédulas eleitorais.

Na capital, vota-se para a chefia do governo local, Presidência, a Câmara, o Senado e mais uma porção de cargos locais. O clima é bem distinto do que ocorre em outros regiões do país, onde a população vota sob o medo da violência.

Em um dos centros de votação visitados pela Folha, uma longa fila de pessoas se formava com muitos idosos. Funcionários convocados para fazer a mesa de votação não haviam comparecido, e por isso o processo não podia ser iniciado.

Por isso, membros do Instituto Nacional Eleitoral buscavam um "jeitinho" de convencer pessoas que estavam na fila a serem voluntárias por 550 pesos mexicanos (R$ 170) mais alimentação. Mas a disposição era pouca. "Já temos outros planos para este domingo", diziam algumas mulheres.

Até este sábado (1º), o INE, órgão autônomo, havia informado que mais de 220 das "casillas" tiveram de ser fechadas por questão de segurança em todo o país. No total, há 170 mil centros de votação, e mais de 99 milhões de eleitores inscritos para votar.

Isso dificulta a participação de quem quer comparecer às urnas, que deverá se deslocar para um centro de votação mais distante de sua casa.

Por: Mayara Paixão (Folhapress)