A China criticou a acusação feita no rascunho do documento final da cúpula de Washington, que marca os 75 anos da aliança criada para conter a URSS em 1949. "Isso não faz sentido e vem de forma maliciosa", disse o porta-voz diplomático Lin Jian. O texto afirma que os chineses são "facilitadores decisivos" do esforço de guerra da Rússia e urge que Pequim pare de dar apoio a Putin. Para a missão chinesa na Europa, o texto é cheio de "mentiras, provocações e difamações".
A crítica foi medida para ser circunscrita à crise europeia, assim como no ano passado. Desde 2019, menções negativas ao papel chinês no mundo têm frequentado as cúpulas da Otan por insistência dos EUA, mas elas têm sido pontuais e diluídas. Isso decorre da cautela dos membros da aliança na Europa, que têm fortes laços comerciais com Pequim.
Por Igor Gielow (Folhapress)
