O cessar-fogo entre Israel e Líbano, mais especificamente o grupo xiita Hezbollah, teve início na última quarta-feira (27) e foi muito celebrado pela comunidade internacional.
Porém, o que parecia ser um caminho para a paz não durou tanto quanto o esperado. Isso porque o exército de Israel voltou a bombardear o Líbano na quinta-feira (28), apenas um dia após o início do cessar-fogo.
De acordo com a agência de notícias Reuters, as Forças de Defesa de Israel afirmaram ter visto suspeito chegando em carros até a região sul libanesa. Por isso, eles utilizaram tanques de guerra para disparar contra seis regiões ao sul libanês.
O conflito no Líbano começou após o dia 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel em resposta à ocupação dos territórios palestinos e ao cerco à Faixa de Gaza. O ataque do Hamas causou a morte de 1,2 mil pessoas e a captura de mais de 200 reféns. Desde então, o Hezbollah vinha realizando ataques a bases militares no norte de Israel em solidariedade aos palestinos de Gaza diante da ofensiva israelense.
Em setembro deste ano, Israel iniciou um ataque massivo contra o Líbano, destruindo diversas regiões do sul do país e de Beirute, a capital. Estima-se que quase 4 mil libaneses morreram desde o início do atual conflito.
Os ataques israelenses atingiram as cidades de Taybe, Marjayoun, Wazzani, Markaba, Khiyam e Kfarchouba. Todas no entorno da fronteira entre Israel e Líbano.
Apesar de ainda não haver confirmação, a mídia local estima que ao menos duas pessoas tenham ficado feridas.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou que havia instruído as tropas de Israel a não permitirem que as famílias libanesas retornassem para os povoados próximos à fronteira. Entretanto, isso não ocorreu. Mais do que isso, Nabih Berri, presidente do parlamento libanês, emitiu um comunicado incentivando os moradores a retornarem a seus lares.
De acordo com os termos do cessar-fogo, as tropas israelenses têm até 60 dias para se retirarem completamente do Sul do Líbano. Mas, para isso, é necessário que não haja qualquer tipo de ataque de ambos os lados.
Com o ataque, representantes do Hezbollah afirmaram que seus agentes estão prontos para responder ofensivas de Israel e voltarão a monitorar a situação com 'a mão no gatilho'.