CORREIO NO MUNDO
CESSAR-FOGO
Ao anunciar o acordo no Líbano, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que o Hamas não irá se beneficiar desse acordo e que o cessar-fogo no norte de Israel permitirá ampliar a pressão contra o grupo palestino em Gaza.
"Quando o Hezbollah estiver fora do jogo, o Hamas será deixado sozinho [em Gaza]. A nossa pressão vai intensificar e isso contribuirá para a missão sagrada de libertar os nossos reféns", afirmou o primeiro-ministro israelense.
Ao mesmo tempo, o presidente dos EUA, Joe Biden, informou que irá trabalhar para um cessar-fogo em Gaza sem o Hamas no poder. "Nos próximos dias, os Estados Unidos farão outra pressão com a Turquia, o Egito, Catar, Israel e outros para alcançar um cessar-fogo em Gaza, com a libertação dos reféns e o fim da guerra sem o Hamas no poder", afirmou em rede social.
Intermediado pela França e os EUA, o acordo entre Israel e o Hezbollah prevê um cessar-fogo no Líbano por dois meses e estabelece a retirada do Exército de Israel do país. Por outro lado, o movimento xiita libanês se comprometeu a ir para o norte do Rio Litani, uma fronteira estabelecida no final da última guerra entre Israel e o Hezbollah, em 2006.
Assim, os dois países deixam uma faixa de terra que será patrulhada pelo Exército libanês e pela força das Nações Unidas no Líbano (Unifil).
Por Lucas Pordeus León (Agência Brasil)