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Olaf Scholz deve renunciar

A Alemanha pode ter eleições antecipadas. Motivo: o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, perdeu nesta segunda-feira (16) o voto de confiança do Parlamento de seu país e, com isso, eclodiu a crise enfrentada pelo governo Scholz. Os deputados que votaram contra o atual governo somaram 394 e 207 que votaram pela manutenção de Scholz, enquanto 116 se abstiveram.

Na Alemanha, uma moção de confiança é votada quando parlamentares sentem a necessidade de reavaliar o governo. O fato ocorre no caso de países parlamentaristas ou semiparlamentaristas.

Agora, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, decide se dissolve a Câmara dos Deputados, que tem 736 assentos. Detalhe: ele tem 21 dias para tomar a decisão. Caso optar pela dissolução do Parlamento, uma nova eleição tem que ser realizada em até 60 dias.

No país, o presidente marca o dia do pleito, segundo a lei eleitoral alemã. Enquanto isso, mesmo derrotado na moção de confiança, Scholz permanecerá no cargo até a constituição do novo Parlamento a partir da eleição.

A queda governo na maior economia da União Europeia ocorre em um momento de tensões elevadas com a Rússia por conta da guerra na Ucrânia e segue a tendência de outros países do bloco, como a França.

Crise econômica

A Europa está passando por uma crise econômica, que se caracteriza por: Desigualdade regional, Desemprego, Crise de dívida em alguns países, Tensão geopolítica, Avanço da extrema-direita.

O problema é parte de uma crise global que começou em setembro de 2008, com a queda do Lehman Brothers. A pandemia de COVID-19 também teve um impacto significativo na economia europeia.

O país não é mais o "campeão mundial de exportações", como foi batizado nos mercados internacionais em sua época áurea.

Só para se ter uma ideia, no auge da hiperglobalização, a Alemanha chegou a ser o maior exportador de todo o mundo. O gás russo fornecia combustível barato para as suas indústrias, e a China, na época, era um grande parceiro comercial.