Guterres pede novo começo

Secretário-geral da ONU alerta para colapso climático e guerras

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que 2025 fosse "um novo começo" em sua mensagem para o Ano Novo, emitida na segunda-feira, dia 30. Refletindo sobre 2024 , ele afirmou que "tem sido difícil encontrar esperança", com guerras causando enorme dor, sofrimento e deslocamento, e desigualdades e divisões alimentando tensões e desconfiança.

"E hoje posso relatar oficialmente que acabamos de suportar uma década de calor mortal", disse ele.

O Secretário-Geral observou que os 10 anos mais quentes já registrados ocorreram na última década. "Este é um colapso climático — em tempo real. Precisamos sair desta estrada para a ruína — e não temos tempo a perder", disse ele.

-Em 2025, os países devem colocar o mundo em um caminho mais seguro, cortando drasticamente as emissões e apoiando a transição para um futuro renovável. É essencial — e é possível - disse.

Guterres disse que mesmo nos dias mais sombrios ele "viu a esperança mudar de poder". Nesse sentido, ele saudou os ativistas de todas as idades que estão levantando suas vozes pelo progresso, bem como os "heróis humanitários que superam enormes obstáculos para apoiar as pessoas mais vulneráveis".

O Secretário-Geral disse que também vê esperança nos países em desenvolvimento que lutam por justiça financeira e climática, e nos cientistas e inovadores que abrem novos caminhos para a humanidade.

Ele enfatizou que o Pacto para o Futuro, adotado em setembro passado pelos Estados-membros da ONU, é um novo impulso para construir a paz por meio do desarmamento e da prevenção.

Outros objetivos incluem reformar o sistema financeiro global, pressionar por mais oportunidades para mulheres e jovens e garantir que as tecnologias "coloquem as pessoas acima dos lucros e os direitos acima dos algoritmos descontrolados".

Ele também destacou a necessidade de sempre respeitar os valores e princípios consagrados pelos direitos humanos, pelo direito internacional e pela Carta das Nações Unidas. O Secretário-Geral concluiu afirmando que não há garantias sobre o que nos espera em 2025. Ele prometeu apoiar todos aqueles que trabalham para construir um futuro mais pacífico.