Justiça prorroga prisão de Yoon Suk Yeol
A Justiça da Coreia do Sul aprovou neste domingo (19), ainda tarde de sábado (18) no Brasil, um pedido que prorroga a prisão do presidente afastado Yoon Suk Yeol no âmbito de uma investigação por insurreição.
Yoon tinha comparecido a uma audiência que analisou o pedido de investigadores para estender o prazo de sua detenção mais cedo.
Na quarta-feira (15), Yoon tornou-se o primeiro presidente em exercício do país a ser preso, em uma investigação criminal relacionada à declaração de lei marcial no início de dezembro.
Investigadores solicitaram na sexta-feira um mandado para estender a custódia de Yoon por até 20 dias — eles tinham 48 horas para interrogá-lo após sua prisão na quarta-feira. Até este sábado, ele vinha se recusando a prestar depoimento.
Após a audiência, Yoon voltou ao Centro de Detenção de Seul para aguardar a decisão do tribunal, que deve sair neste sábado ou domingo.
A audiência durou quase cinco horas. Yoon falou por cerca de 40 minutos durante a sessão, informou a Yonhap, agência de notícias sul-coreana.
Para manter Yoon sob custódia por mais tempo, os investigadores do CIO (Escritório de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Escalão) precisavam que um tribunal aprovasse um mandado de detenção de até 20 dias.
Um oficial do CIO disse em entrevista coletiva na sexta (17) que os investigadores fizeram o pedido devido à "gravidade do crime".
O crime de insurreição, acusação contra Yoon, é um dos poucos pelos quais um presidente em exercício da Coreia do Sul não tem imunidade, e pode levar a uma sentença de prisão perpétua ou mesmo pena de morte.
Yoon foi destituído em 14 de dezembro passado e enfrenta um julgamento de impeachment na Corte Constitucional que começou nesta semana para decidir se suspende permanentemente seus poderes ou se ele volta ao cargo.