O papa Francisco, internado há 11 dias no hospital Agostino Gemelli de Roma, passou uma noite tranquila, mas segue em estado crítico. "O papa descansou bem, por toda noite", informou na terça (25) o Vaticano por meio de nota. Este já é o período de internação mais longo de Francisco desde que se tornou papa em 2013.
Na segunda, a Santa Sé havia informado que a condição do pontífice continuava crítica, mas que havia mostrado uma "leve melhora", acrescentando que a "insuficiência renal leve", relatada pela primeira vez no fim de semana, não era motivo de preocupação, o primeiro sinal positivo desde o agravamento de seu estado de saúde, no fim de semana.
Francisco inclusive conseguiu trabalhar na parte da tarde. Ele ligou para a Igreja da Sagrada Família na Faixa de Gaza para saber como estão os palestinos que se abrigam lá, um hábito quase diário do papa desde que a guerra entre Israel e o Hamas começou.
O pontífice também teve uma audiência com o cardeal italiano Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano e segunda figura mais importante na hierarquia da Igreja, e com o arcebispo venezuelano Edgar Peña Parra, o terceiro no comando. No encontro, acertaram o decreto de Dicastério da Causa dos Santos, que sinaliza o prosseguimento de processos de beatificação e canonização.
Francisco também assinou uma mensagem de Quaresma. O documento começa com um convite da Igreja Católica para "celebrar o triunfo pascal de Cristo, o Senhor, sobre o pecado e a morte". E cita São Paulo: "A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?".
Os despachos, que incluem movimentação de bispos no Brasil, foram precedidos por outros em dias anteriores e sugerem que o papa está ativo.
Por José Henrique Mariante (Folhapress)