O Ministério da Defesa da Síria anunciou nesta segunda-feira (10) a conclusão das operações militares para combater os apoiadores remanescentes do ditador deposto Bashar al-Assad e, de acordo com o governo, eliminar ameaças futuras.
Segundo um balanço atualizado pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que tem uma ampla rede de fontes na Síria, mais de 1.000 pessoas morreram desde quinta (6), sendo 973 civis da minoria alauita, à qual pertence Assad, mortos pelas "forças de segurança e grupos aliados".
Ao menos 481 membros das forças de segurança e combatentes pró-Assad morreram nos combates, de acordo com o OSDH. As autoridades não divulgaram um balanço.
O OSDH afirmou que esses civis foram assassinados por "motivos confessionais" por agentes de segurança e combatentes pró-governo, e que também houve "saque de casas e propriedades".
Após cobranças da ONU (Organização das Nações Unidas) e do governo americano, o governo interino sírio anunciou no domingo (9) a formação de uma comissão para investigar as mais de mil mortes.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baqaei, afirmou que "nada justifica os ataques contra comunidades alauitas, cristãs, drusas e outras minorias, que provocaram um profundo choque entre a opinião pública, tanto na região quanto a nível internacional".
Baqaei negou que o país persa esteja por trás dos atos de violência na Síria, que deixaram centenas de mortos.
"A acusação é completamente ridícula e rejeitada, e acreditamos que apontar o dedo acusador para o Irã e os amigos do Irã é uma ação equivocada, uma tendência para desviar e 100% enganosa", disse o porta-voz em entrevista coletiva.