Mais acidentes com crianças nas férias

Queda, afogamento e queimadura lideram acidentes de crianças em recesso escolar

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Especialista explica quando é precisa se preocupar mais com os acidentes

As férias escolares exigem atenção redobrada dos pais, conforme revela um levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que mostra que nas férias de janeiro e de julho de 2023 houve um aumento de 84,5% nos acidentes domésticos envolvendo crianças do estado paulista.

Segundo a secretaria, nas férias escolares de 2023 foram registrados 969 atendimentos e internações de crianças menores de 12 anos por acidentes domésticos, enquanto em 2022 foram 525 ocorrências.

Além disso, os meses de dezembro de 2022 e de julho de 2023 foram os que mais registraram atendimentos ambulatoriais e hospitalizações de crianças - com 403 e 508 ocorrências, respectivamente. Os dados consideram apenas os atendimentos realizados por meio do SUS de São Paulo.

A maioria desses acidentes é provocada por afogamento, quedas, queimaduras e intoxicação acidental por exposição a substâncias nocivas. Por isso, a secretaria alerta sobre a importância de pais e responsáveis estarem mais atentos durante as férias.

"Hoje, o uso de telas, principalmente celulares, gera uma maior desatenção dos responsáveis e, consequentemente, acontecem os acidentes. É naquele segundo de distração que os acidentes domésticos ocorrem", disse, em nota, a pediatra Silvana Grotteria, responsável pelo setor de emergência do Hospital Infantil Darcy Vargas.

Os tombos lideram o ranking de acidente doméstico envolvendo crianças. Segundo a secretaria, dos 4,2 mil procedimentos clínicos e internações realizados em São Paulo entre janeiro e outubro de 2023, 4,1 mil se referiam a quedas.

"Em casos de traumas graves e quedas de grandes alturas, os pais devem levar os filhos ao pronto-socorro, ou se a criança apresentar sinais de alerta, como dores de cabeça, náuseas, vômitos ou alteração no nível de consciência".