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Matrículas presenciais apresentam queda

Nos últimos dez anos, os cursos presenciais de licenciatura perderam 35% dos alunos matriculados em todo o país. Nas faculdades privadas, a perda foi ainda maior, com redução de 68,8% das matrículas nessas graduações.

No mesmo período, as matrículas em licenciaturas a distância mais do que duplicaram, chegando a mais de 1,07 milhão de alunos em 2022. Neste ano, 64,4% dos que concluíram a graduação para ser professor da educação básica se formaram na modalidade a distância.

As informações constam no Mapa do Ensino Superior, feito pelo Instituto Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior), com dados dos Censo do Ensino Superior de 2022.

Desde o ano passado, o ministro da Educação, Camilo Santana, tem dito que vê com preocupação a grande concentração de professores formados em cursos a distância. A pasta estuda mudar as regras para a oferta dessas graduações, com a ampliação da carga horária presencial que devem oferecer.

As principais entidades representativas das faculdades privadas são contrárias à mudança nos cursos a distância.

Segundo o estudo do Semesp, em 2012, o país tinha 1,3 milhão de alunos matriculados em licenciaturas, sendo que um terço deles cursava a modalidade a distância. Uma década depois, essa proporção se inverteu. Em 2022, o país tinha 1,67 milhão nessas graduações, sendo 64% em cursos EaD.

Ao mesmo tempo em que as faculdades privadas foram as que mais perderam matrículas nas licenciaturas presenciais, foram elas também que mais ampliaram o número de alunos em cursos a distância. Na rede pública de ensino superior, o número nas duas modalidades se manteve estável.

Por: Isabela Plhares (Folhapress)